Nesta quarta-feira (29), em entrevista na Rádio Sociedade, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Marcelo Nilo (PDT), voltou a criticar o presidente estadual do seu partido, Félix Medonça Jr.
Ele se referiu ao deputado federal como "filhinho de papai". "O presidente Félix Mendonça é filhinho de papai. Ele não está acostumado a respeitar o contraditório. Ele é um deputado presidente isolado. Eu tenho apoio dos cinco deputados estaduais, dos dois ex-deputados federais, Severiano Alves e Oziel Oliveira. Eu tenho apoio dos dois suplentes de senador. Eu tenho apoio dos dois secretários do estado, eu tenho apoio de único vereador de Salvador. Eu tenho apoio de 90% dos prefeitos e quero apenas disputar com ele [a presidência do partido]", disse.
E continua: "como ele é acostumado a receber tudo na mão, tudo na facilidade. Entrou na política por ser filhinho de papai. Nunca pegou um ônibus, não sabe qual é o sofrimento do povo, é realmente um deputado que não respeita a divergência, o contraditório. Ele é completamente isolado e não está na fase de respeitar as pessoas. Ele tenta baixar o nível e eu não vou baixar. Inclusive acho ele até um bom deputado, mas como presidente é um fracasso total. Tanto é que quero disputar com o mesmo e se eu ganhar serei presidente, se eu perder continuo no partido, mas o filhinho de papai não quer disputar, quer ganhar no tapetão", dispara.
Ainda na oportunidade, o pedetista voltou a chamar a secretária de Desenvolvimento,Trabalho e Emprego de Salvador, Andrea Mendonça, irmã de Félix, de "incompetente". "É a secretária mais fraca que vi em minha vida. O prefeito de ACM Neto deve estar arrependido, ele não diz, mas a gente sente. Só chega 11 horas da manhã, quatro horas da tarde já está com a bolsinha para sair da secretaria, porque ela vai para empresa delas. O prefeito ACM Neto colocou a pior secretária, desde o descobrimento do Brasil".
O clima de rivalidade entre os políticos se acentuou depois que os irmãos Mendonça abraçaram o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e abandonaram o governador Rui Costa, do PT, partido apoiado por Nilo.
