Política

'Rolo compressor' pode ter efeito contrário em votação na Alba

Publicado em 05/05/2015, às 11h18   Aparecido Silva / David Mendes


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Os projetos de lei de autoria do Executivo que propõem reajustar o salário dos servidores estaduais em 6,41% parceladamente devem ser votados nesta terça-feira (5), na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Acostumado com o chamado "rolo compressor", onde as propostas do governo passam tranquilamente pela Casa, o governador Rui Costa (PT) pode enfrentar dificuldades para ter os projetos aprovados.
Embora os interesses do funcionalismo público estejam em jogo, o que tem pautado a votação na bancada governista na Alba é a política de distribuição de cargos do governo petista, criticada por falha e demora ao atendimento das indicações de nomes dos parlamentares aliados para compor a máquina pública estadual.
Até esta manhã, partidos como o PP e o PDT se reuniam para definir como vão votar a proposta. Para o líder do governo na Assembleia Legislativa (Alba), Zé Neto (PT), a falta de consenso nos partidos aliados faz parte do debate. “Questionamentos são naturais”, minimizou.
Líder do governo tem a missão de convencer os governistas a votarem com o Executivo
O petista reforçou a tese de que o governo não tem como dar um reajuste maior nesse momento de turbulência econômica que o estado e o país atravessam. “Temos conversado com todos os partidos da base, passado a situação do estado e até nacional, porque é uma situação delicadíssima. Pelo menos 16 estados estão colocando em risco o pagamento dos servidores. Esse aumento é o que a gente pode agora”, defendeu.
O líder do PSD na Assembleia, Rogério Andrade, em nota enviada à imprensa na semana passada, reconheceu uma “pequena agitação pontual” gerada, principalmente, pelo que considera uma demora de definição de critérios por parte do governo em atender os integrantes da base de sustentação do governo no Legislativo. 
No PDT, embora o deputado Roberto Carlos negue que haja parlamentares contrários ao projeto, uma reunião deve decidir a posição da legenda para a votação. “A gente ainda vai fechar a questão, pelo que nós discutimos antes, aparentemente, vamos continuar votando conforme orientação do líder do governo dividindo o reajuste entre março e novembro”, adiantou o pedetista, em entrevista ao Bocão News.
A oposição na Casa já se manifestou contrária à proposta sugerindo uma emenda que altera o efeito retroativo de março para janeiro e com pagamento em parcela única.
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