Oposição nega articulação de queda de sessão e acusa situação de travar debate

O líder da oposição na Câmara de Vereadores, Suíca (PT), negou que a oposição tenha articulado a queda da sessão desta terça-feira (05) por falta de quórum. Fontes governistas haviam informado ao Bocão News que os opositores tentam protelar a votação da lei da Outorga Onerosa e por isso teriam trancado a pauta. O petista, ao repercutir a notícia, acusou os vereadores da situação de abrirem e fecharem os trabalhos de forma brusca e assim destoarem o debate em torno de assuntos polêmicos.

“Eles dizem que nós derrubamos a sessão e isso é mentira! O grupo do governo foi quem abriu e fechou a sessão e não permitiu nem que falássemos na tribuna. Eles querem adiantar a tramitação de Outorga Onerosa e com o que aconteceu hoje o caminho para a votação do projeto é encurtado”, explicou.

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Para Suíca, não há empenho da prefeitura em ampliar a discussão do assunto. “Eles querem aprovar a Outorga Onerosa o quanto antes e amaciar os interesses do mercado imobiliário. Querem contar a sessão sem o debate”, acusou.

O oposicionista lembrou das movimentações contra o caso e ameaçou ir para justiça se o projeto for aprovado em plenário. “A proposta é inconstitucional. Procuramos o Ministério Público para tratar sobre o assunto. Articulam a aprovação do projeto para a próxima semana, mas se passar vamos judicializar”, ameaçou.

Também procurado pelo Bocão News, o vereador Arnando Lessa (PT) afirmou que não procede a afirmação. Segundo o petista, a oposição tentou garantir a sessão, mas sofreu um atropelo. “Estávamos lá em maioria, da oposição tinha 12 vereadores com Edvaldo Brito 13. Tinha mais dois vereadores da mesa que foi Geraldo Junior e Guerrinha, do governo. Eles contaram errado propositalmente e suspenderam a sessão, não foi reestabelecido quórum e ficamos lá ate o final. Não procede que a oposição articulou isso”, acusou. 

Conforme o vereador petista, a oposição tem constantemente resistido à manutenção da sessão. “Até porque estávamos inscritos pra discutir inclusive o pinga-fogo. Portanto não procede. Quem está com pressa de aprovar, e ter sessão para contar as sessões para colocar obstruindo a outorga onerosa é o governo. Nós da oposição estávamos lá em maioria. E em outras sessões o mesmo processo”, disse.

Publicada no dia 5 de maio de 2015, às 16h