Política

Aprovação da Medida Provisória 665/14 é retrocesso, diz líder dos bancários

Imagem Aprovação da Medida Provisória 665/14 é retrocesso, diz líder dos bancários
Para Augusto Vasconcelos, governo quer colocar crise nas costas dos trabalhadores  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 07/05/2015, às 10h09   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Por um placar de 252 votos a favor contra 227 contra, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira 6, a Medida Provisória 665/14, que dificulta a obtenção do seguro-desemprego, do abono salarial e do seguro-defeso. Segundo a proposta, o trabalhador terá direito ao seguro-desemprego se tiver trabalhado por pelo menos 12 meses ininterruptos nos 18 meses anteriores à demissão. Antes, o trabalhador precisava de apenas seis meses.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários, Augusto Vasconcelos, a aprovação representa um retrocesso.  Em conversa com o Bocão News, ele afirmou que o governo quer colocar a conta da crise nas costas dos trabalhadores. “Ao mesmo tempo em que elevam os juros, o que por si só aumenta a dívida pública, isso é de uma tremenda incoerência. Formou-se um equivocado consenso na mídia, no governo e na oposição que a saída da crise passa por um controle mais intenso das contas públicas, sem levar em conta a necessidade de crescimento econômico. Ao invés disso, deveriam taxar as grandes fortunas, combater a sonegação, melhorar a eficiência administrativa e promover medidas pró-desenvolvimento”, afirmou. 
E continua: “claro que não defendemos supostas fraudes no seguro-desemprego, mas isto não pode servir de pretexto para dificultar o acesso dos trabalhadores a este benefício”.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários, a melhor forma de evitar o custo com o benefício é criar mecanismos que inibam a alta rotatividade. “Após nossos protestos o texto original foi alterado, mas ainda continua ruim. Continuaremos mobilizados. Dia 29/05 teremos dia nacional de lutas contra a terceirização e as medidas que retiram direitos dos trabalhadores. Vivemos um momento difícil com um Congresso Nacional conservador, financiado pelas grandes empresas, onde as posições dos trabalhadores sofrem ataques sistemáticos”, finaliza.

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