Política

Deputados baianos tentam articulação para manter presidente da Codevasf no cargo

Publicado em 14/05/2015, às 23h05   De Brasília, Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)


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Diante da pressão que já ocorre desde o início do ano, o presidente da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), Elmo Vaz, está na corda bamba e pode deixar o cargo a qualquer momento. Para tentar auxiliar a sua permanência, deputados baianos se uniram para um abaixo-assinado que contou com parlamentares de diversos partidos e estados.
A iniciativa partiu do vice-líder petista na Casa, Afonso Florence, que distribuiu o manifesto entre os colegas em plenário. Além dele, outros 15 federais baianos assinaram o documento. Outros nove deputados de outros estados também aderiram ao apelo.
O abaixo-assinado foi protocolado no gabinete da presidente Dilma Rousseff e alegava que Elmo Vaz, engenheiro de formação, prestou relevantes serviços enquanto estava à frente da companhia e que, por isto, deveria ser mantido no cargo com o apoio dos deputados. Toda a querela relativa à batalha com a Codevasf jazia nas negociações para a votação do ajuste fiscal do Governo.
Postulante a assumir a influência que leva ao cargo, o PP ameaçava o Planalto afirmando que não votaria a favor das medidas provisórias caso não herdasse a Codevasf. O governo cedeu, mas os baianos “foram para cima” e fizeram o que podiam para tentar reverter a situação. Nesta, entraram no jogo o ministro da Defesa, Jaques Wagner, o governador Rui Costa e até mesmo o pepista João Leão, vice-governador do estado.
Aparentemente, a queda de Vaz foi adiada em pelo menos um dia. Não se sabe, porém, se resistirá até o final da semana. Publicamente, deputados a favor do engenheiro afirmavam que há grande esperança de manutenção do presidente e tentavam disfarçar que a campanha tem também suas chances de fracassar.
Elmo Vaz assumiu a Codevasf em 2012 e já no mesmo ano convivia com especulações que davam conta de sua saída por meios políticos. O cargo estava nas mãos do PSB de Eduardo Campos, que acabou decidindo seu afastamento do governo ao assumir o projeto de disputar a Presidência. O vácuo foi rapidamente preenchido por Wagner, então governador baiano.
Assinaram o documento João Carlos Bacelar (PR-BA), Jorge Solla (PT-BA), Félix Mendonça Jr. (PDT-BA), Benito Gama (PTB-BA), Sérgio Brito (PSD-BA), Valmir Assunção (PT-BA), Moema Gramacho (PT-BA), José Rocha (PR-BA), Luiz Caetano (PT-BA), Daniel Almeida (PCdoB-BA), Davidson Magalhães (PCdoB-BA), Waldenor Pereira (PT-BA), Bebeto (PSB-BA), José Carlos Araújo (PSD-BA), Paulo Magalhães (PSD-BA) e Afonso Florence (PT-BA). 
Entre os parlamentares de outros estados estão José Airton (PT-CE), Luizianne Lins (PT CE), Leonidas Cristino (PROS-CE), Paulão (PT/AL), Reginaldo Lopes (PT-MG), João Daniel (PT-SE), Margarida Salomão (PT-MG), Chico Lopes (PSOL-RJ) e Jê Moraes (PCdoB-MG).

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