A novela pelo comando estadual do PDT na Bahia continua. Em conversa com o Bocão New neste domingo (31), um dos protagonistas, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Marcelo Nilo, que anunciou sua saída do partido no último sábado (30), detalhou suas condições para continuar no PDT.
“Eu conversei com o presidente Lupi, mas não dá para fazer uma convenção em setembro. Eu não tomarei nenhuma posição com relação a minha saída antes de falar com ele. Estou consultando meu grupo para tomar uma posição. Mostrei minha situação política, mas não posso ficar em um partido onde o presidente é meu inimigo”, disse.
E continua: “qualquer posição eu vou tomar nesses oito dias. Vai depender da decisão do próprio partido. Se eu sair vou para o PL ou PSD”.
Ainda durante conversa, o presidente da Alba colocou que a convenção do PDT tem que acontecer antes de setembro, prazo final permitido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para mudar de partido.
“Não tem lógica convenção em setembro. Como você faz uma convenção em setembro? Se o partido decidir que Felix é o presidente eu saio. Mas se a convenção acontecer em julho, e até se eu perder, eu fico no partido. Desde que seja um critério justo. Aceito qualquer um, menos Félix na presidência”, disse.
Briga interna
O anúncio da saída de Nilo não teria pego de surpresa Félix Júnior. Se o parlamentar, que tem trocado farpas com o presidente da Alba, não chegou a comemorar explicitamente a decisão do ainda correligionário e adversário político, fez questão de minimizar o fato e deixar claro que a legenda continuará seguindo o seu rumo, independentemente da posição de Nilo. Em entrevista ao Bocão News, Felix Júnior chegou a prometer que não brigaria judicialmente pelo mandato de deputado estadual de Nilo após a oficialização da desfiliação.
“É uma posição unilateral, mas, no que depender de mim, não vamos brigar pelo mandato dele. As portas estão abertas. O partido continuará seguindo o seu caminho, realizando as convenções e crescendo em todo o estado. Nesse caso, ele é apenas um passageiro que vai descer em uma estação. O PDT é o trem, que continuará trilhando o seu percurso, independentemente de um passageiro que desce ou sobe. O partido sai de uma estação e sabe o rumo que tem. Nesse caminho, alguns entrarão e sairão. Ele foi apenas mais um”, declarou Félix Mendonça Júnior.
Matéria originalmente postada dia 31
