Política

Líder do PSB chama Neto de 'tampinha' e critica convite de filiação

Publicado em 14/06/2015, às 19h20   Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)


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Um dos principais líderes do PSB, o ex-ministro Roberto Amaral, enviou carta aos militantes do partido repudiando convite feito pela legenda ao prefeito de Salvador, ACM Neto. 
No documento, Amaral utiliza os termos “bofetada no rosto, “felonia” e “desrespeito aos que lutaram contra o banditismo e o autoritarismo na Bahia” a intenção socialista de ter um herdeiro de Antonio Carlos Magalhães no partido.
Ainda na carta, o ex-ministro vai mais longe. Diz que o ingresso do prefeito ACM Neto no PSB é uma “tentativa de destruir o partido, por dentro, revolvendo suas entranhas, destruindo sua história, desmoralizando seu projeto, rasgando seu programa, agredindo sua militância”.
A oposição feita pela senadora Lídice da Mata também foi comemorada por Amaral. O ex-ministro socialista cita a presidente do PSB baiano como exemplo e chama o prefeito de Salvador de “tampinha”.
Leia a íntegra da carta de Roberto Amaral.
Companheira militante, companheiro militante socialista,
Acabo de ler no blog Vio Mundo que a revista Época, edição que circulou no dia 8, em matéria assinada pelo jornalista Leonel Rocha, anuncia que o atual prefeito de Salvador, ACM Neto, o último rebento do decadente clã comandado por décadas por Antonio Carlos Magalhães, fôra convidado, por um ainda dirigente nacional do PSB, para ingressar em nosso partido. Trata-se de uma felonia, essa tentativa que, apenas como tentativa, já é uma bofetada no rosto de cada uma e cada um dos militantes brasileiros e principalmente baianos. Trata-se de desrespeito aos que lutaram na Bahia contra o banditismo e o autoritarismo de ACM. Como se vê, permanece forte e poderosa a tentativa de destruir nosso partido, por dentro, revolvendo suas entranhas, destruindo sua história, desmoralizando seu projeto, rasgando seu programa, agredindo sua militância. Só a notícia de que ACM foi convidado, já é desgastante. Os liquidacionistas perderam a batalha da fusão, mas prosseguirão até realizar o projeto de acabar com o último partido socialista atuando na política brasileira, se não reagirmos (pode ficar a sigla, pode ficar a sede, pode ficar o pilantra, mas a promessa socialista se esvai). A tática é a mesma que a levada a cabo por outros liquidacionistas para destruir com o Partidão: descaracterizá-lo politicamente. Assim o velho PCB terminou no ataúde do PPS.
A matéria da Época, passados tantos dias, ainda não foi desmentida. Esta é a oportunidade de os militantes se pronunciarem protestando junto à direção nacional de sorte a já estancar outras iniciativas, pois outras virão.
A senadora Lídice da Mata já declarou que o ‘tampinha’ entra por uma janela e ela sai pela porta da frente com toda a militância.

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