Política

Golpe nos Correios e Petrobras pode ter abastecido contas de Renan Calheiros

Publicado em 20/06/2015, às 09h03   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Está prestes a ser encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), um inquérito que revela um golpe praticado contra os fundos de pensão Postalis (Correios) e Petros (Petrobras) pode ter abastecido as contas bancárias do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do colega senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e do relator da CPI da Petrobras, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ). A informação foi trazida pela revista Isto É.

De acordo com a Polícia Federal, o esquema desviou R$ 100 milhões dos cofres da previdência dos servidores das duas estatais. Por envolver figuras com direito a foro privilegiado, a investigação precisa de autorização do STF para ser levada adiante, ressalta a reportagem de Claudio Dantas Sequeira.

O inquérito é baseado em depoimento de um funcionário do grupo Galileo Educacional. Segundo a investigação, a empresa foi criada por articuladores do esquema para subtrair os recursos do Postalis e do Petros. A revista teve acesso às investigações, cuja tramitação recebeu caráter sigiloso.

O delator está identificado no inquérito como Reinaldo Souza da Silva. Ele diz que Renan recebeu propina de R$ 30 milhões do que foi movimentado nos desvios, enquanto Lindbergh e Luiz Sérgio embolsaram R$ 10 milhões cada.

Ainda segundo a revista, o dinheiro não era aplicado nas universidades. A reportagem afirma que o mecanismo de desvio consistia na destinação do montante “para um emaranhado de empresas”. Os valores, conforme as investigações iniciais, eram remetidos a Renan, Lindbergh e Luiz Sérgio. “Em pouco menos de um ano, o MEC descredenciou boa parte dos cursos de ambas universidades e os fundos arcaram com o prejuízo”, afirma o texto.

Procurado, Renan negou qualquer participação no esquema, e diz que não tem nem nunca teve qualquer tipo de envolvimento com as instituições mencionadas pela revista.

O deputado Luiz Sérgio negou veemente todas as acusações e diz que ainda precisa ter acesso ao inquérito para se pronunciar de maneira mais adequada sobre o assunto. 

Já Lindbergh Farias disse que a reportagem “não passa de mau jornalismo” e afirmou que sua defesa foi desconsiderada pela revista e divulgada apenas na versão online. Assim como Luiz Sérgio, o senador diz que não há qualquer indício contra elebergh disse também que não é investigado, já que o processo não tramita no STF.

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