Política

Em dia de volta às aulas, secretário fala sobre paralisações e orçamento

Publicado em 06/07/2015, às 08h52   Caroline Gois (Twitter: @bocaonews)


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Nesta segunda-feira (6), cerca de 148 mil alunos voltam às aulas nas escolas municipais de Salvador em meio à crise que atinge o setor. Professores realizam paralisações desde o início do ano e o desafio do secretário de Educação, Guilherme Bellintani, só tende a aumentar.

Em entrevista concedida à Rádio Metrópole, ao Bahia No Ar com o apresentador Mário Kertész, Bellintani tentou explicar o porquê da dificuldade em conceder aos professores uma das principais reivindicações: um reajuste salarial mínimo de 13%. "O orçamento não é grande. Nosso orçamento é de 1 bilhão e 200 milhões. O grande problema é que um pouco mais de 85% vão diretamente para custeio de pessoal", explicou, afirmando que Salvador tem em média a remuneração maior que a do resto do país. "Mas, não é porque nosso salário é um dos maiores que temos que classificar como bom. O custeio de pessoal é muito acima da média e isso impacta para implementar em investimentos. Restam apenas 15% para isso", reforçou.
Ainda conforme o secretário, as paralisações são justas e "está havendo uma mesa de negociações bem produtiva. Nesta quinta teremos mais uma assembleia", afirmou. 
Questionado por MK sobre as vantagens e possibilidades de se ter o Tempo Integral nas escolas, o gestor garantiu que "este é nosso maior desafio. Hoje, Tempo Integral não chega a 10%. Mas, não acredito que seja a melhor opção. Minha meta é ampliar a carga horária para todos os alunos. As crianças ganham muito mais se passarmos de quatro para cinco horas por dia".
A assessoria da prefeitura informou que uma proposta que atenda a todos os 26 mil servidores do município de Salvador está em análise na Secretaria da Fazenda. Somente  depois que for aprovada irá para licitação pública e não há prazo para que seja implantada. Já sobre o concurso público, a assessoria não informou se pode ser realizado ou não em curto prazo.
Uma avaliação do setor de reestruturação da rede escolar da prefeitura, que mostra que 30% das 414 escolas municipais de Salvador tem algum problema de conservação. Por conta disso, os professores também reivindicam a recuperação dessas escolas.
Veja abaixo a pauta de reivindicações dos docentes: 

Classificação Indicativa: Livre

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