Política
Publicado em 16/07/2015, às 10h20 Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
O Senado aprovou nesta quarta-feira (15) o projeto que altera as regras da distribuição de cadeiras entre os partidos nas eleições proporcionais para vereadores e deputados estaduais, federais e distritais. A proposta, que recebeu 46 votos favoráveis e 9 contrários, foi apresentada pela Comissão da Reforma Política.
O projeto determina que a distribuição de vagas deve ser feita respeitando o quociente eleitoral na votação obtida pelo partido, mesmo quando há coligações. Assim, as legendas que não alcançarem o quociente não podem disputar as sobras de vagas. As novas normas visam eliminar a figura do “puxador de voto”, quando candidatos muito bem votados acabam elegendo colegas de outros partidos coligados com baixo desempenho nas urnas.
O relator da comissão, Romero Jucá (PMDB-RR), esclareceu que outro objetivo é fortalecer os partidos e inibir a proliferação de novas legendas."Estamos fazendo com que cada partido procure se fortalecer para ter, efetivamente, um processo eleitoral que contribua com o país”, disse Jucá.
A mesma defesa fez o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Para ele, é importante desestimular as legendas de aluguel. “E [o projeto] desestimula os partidos de um dono só que pegam carona nas coligações para usurpar e sugar os votos de outros partidos para se eleger”, observou Aécio.
Em 2010, Tiririca teve 1,3 milhão de votos. A votação não beneficiou diretamente candidatos de seu partido, mas sim, candidatos de sua coligação, formada por PR, PSB, PT, PR, PC do B, PT do B. O último eleito da coligação, Vanderlei Siraque (PT), e o penúltimo, Delegado Protógenes (PC do B), obtiveram cerca de 90 mil votos cada um. Ficaram de fora nove candidatos da coligação formada por PSDB, DEM e PPS que tiveram mais votos que eles.
A proposta que seguiu para exame da Câmara dos Deputados.
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