Política

Salvador não tem mais espaço para arriscar, diz Marcelo Abreu sobre Isidório

Publicado em 16/07/2015, às 13h11   Caroline Gois (Twitter: @bocaonews)



O secretário de Educação do município de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), Marcelo Abreu, visitou os estúdios do site Bocão News, na manhã desta quinta-feira (16), onde concedeu entrevista sobre a gestão no miunicípio e relação com o corpo docente. Além disso, destacou projetos e orçamento da pasta. Na oportunidade, Abreu, que já foi prefeito de Lauro de Freitas e secretário tanto na cidade da RMS quanto na capital, falou sobre as eleições de 2016 de Salvador.
Em Salvador, o nome que surge para concorrer com a possível candidatura à reeleição do prefeito ACM Neto (DEM) é do Pastor Isidório (PSC) que, já se adiantou e garantiu o aval do governador Rui Costa (PT) para o feito. Ao Bocão News, o deputado afirmou que já pensa em ter na chapa como vice prefeito um padre ou mãe-de-santo. Segundo Isidório, é para desmistificar que é político apenas para os evangélicos. "Assim já acaba com a intolerância religiosa", disse.
Entretanto, na avaliação de Marcelo Abreu, não há candidato páreo para Neto. "Eu acho que Salvador não tem mais espaço para arriscar. Eu prefiro achar que o melhor para a Salvador é a reeleição de ACM Neto. Se eu olhar na estrutura e funcionamento, na resolutividade da prefeitura em administrar os problemas não posso nem comentar outra candidatura, a não ser a reeleição", afirmou.
Conforme Abreu, esses motivos justificam a escolha dele, "não que a democracia não permita outro candidato. Mas, falo como um ex-gestor de três pastas em Salvador. Acho que, futuramentre, Salvador pode até arriscar, mas somente quando esta estrutura sólida estiver recuperada".
Sobre a Lava Jato
Esta semana, mais uma etapa da Lava Jato chegou à Bahia e o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP) foi um dos alvos da Operação batizada de Politeia. A Polícia Federal cumpriu 53 mandados de busca e apreensão em sete estados na mannhã de terça-feira (14). Esta é a primeira fase da Lava-Jato no âmbito do STF, batizada de Politeia. Os mandados foram expedidos pelos ministros do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski nas investigações em curso no STF relacionadas à Operação Lava-Jato.  "Acho que quem fez tem que pagar e a apurações fazem parte do caminho. Se é injusto ou um exagero não sei. Se o caminho é esse e a pessoa não deve nada isso passa e tudo ficará esclarecido. Se fez, tem que pagar", ressaltou Abreu.
Investigação
Segundo o doleiro Youssef, após a morte de José Janene, o líder do esquema de corrupção que atuava dentro da Petrobras passou a ser o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte. Com a entrada do ex-ministro, de acordo com o doleiro, a cúpula do partido se enfraqueceu. Paulo Roberto Costa também disse que repassou R$ 5,5 milhões ao ex-ministro. O ex-ministro Mario Negromonte negou, por meio de nota divulgada na época da abertura do inquérito, que tenha recebido vantagens indevidas “em qualquer cargo público que tenha ocupado” e afirmou que jamais contribuiu para prática ilícita. 

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