Os advogados do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, pediram mais prazo para responderem sobre as anotações encontradas pela Polícia Federal (PF) no celular do cliente deles. De acordo com o juiz Sérgio Moro, que coordena a Operação Lava Jato, as anotações fazem referências a supostas manipulações nos trabalhos de investigação da PF e da Justiça Federal.
Para o juiz, as mensagens também podem fazer referência a outros dois ex-executivos da Odebrecht, presos na 14ª fase da Lava Jato, quando Marcelo Odebrecht foi detido. Ainda de acordo com Moro, uma análise preliminar sugere que duas siglas, MF e RA, são referentes a Silva e Araújo, subordinados diretos de Odebrecht e também investigados por crimes de corrupção na Petrobras.
O juiz deu prazo até a próxima quinta-feira (23), para que os advogados respondessem sobre o que seriam essas anotações. Contudo, a defesa de Marcelo Odebrecht diz que precisa falar com o próprio, para que ele diga do que se tratam os textos. Os advogados alegam que só poderão mostrar os conteúdos a ele na quinta-feira, quando haverá a visita aos presos que estão na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. O pedido dos advogados ainda não foi analisado por Moro.