Política

Ao Bocão News, relator da CPI do BNDES diz que comissão não será palco político

Publicado em 07/08/2015, às 06h33   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)



A Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Câmara Federal na manhã dessa quinta-feira (6) para investigar empréstimos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá entre os 22 membros, quatro baianos: Afonso Florence (PT), Bebeto Galvão (PSB), Davidson Magalhães (PCdoB) e José Rocha (PR), que será o relator do colegiado presidido pelo PMDB. 
Em entrevista ao Bocão News, Rocha, que é aliado ao governo federal, diz que a CPI deverá, acima de tudo, "preservar o patrimônio público" e evitar que a discussão ganhe contornos políticos. O objetivo da CPI, apresentada em abril pela oposição, é investigar empréstimos do BNDES a países como Angola e Cuba, entre outros.
"Acho que a gente tem que tratar isso com muita responsabilidade, seriedade e compromisso com o país. É uma CPI que envolve o maior banco de financiamento do mundo, um patrimônio público da sociedade brasileira e devemos preservá-lo. A comissão tem o intuito de trabalhar nesse sentido, de preservar a instituição e evitar que se torne um palco político", disse o deputado, que disse estar disposto a evitar tal direcionamento: "Não vou deixar isso acontecer na minha área". 
A CPI é considerada o calcanhar de Aquiles do governo federal, pois as investigações podem expor ainda mais a rede de corrupção envolvendo autoridades do governo e grandes empreiteiras, além de jogar luz sobre o papel do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na obtenção de negócios para essas companhias no exterior. Para Rocha, o momento não é de dar "contribuição negativa". "Cada membro deverá ter responsabilidade e focar no objetivo que é apurar as irregularidades", disse. 

Publicada às 13h do dia 6 de agosto

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