Política

Ritmo de obras do PAC deve cair 33% e inaugurações devem ser adiadas

Publicado em 09/08/2015, às 15h56   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Apesar de a presidente Dilma Rousseff ser considerada a mãe do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, o andamento das obras em seu segundo mandato tem sofrido forte impacto da crise econômica. O corte no orçamento, somado aos efeitos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga o envolvimento de grandes empresas no esquema de corrupção na Petrobras, deverá ter como consequência a diminuição do ritmo das obras do PAC. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o ritmo deve ter uma desacelerada de 33%, a exemplo da construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Até o ano passado, a previsão era concluir essa malha em construção na Bahia até abril de 2016, prazo que já incluía três anos de atraso em relação ao cronograma original, mas a nova data foi jogada para fevereiro de 2018.
O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) deverá ser entregue em outubro de 2017, um ano e dois meses depois da data prevista no final do ano passado. A Refinaria Abreu e Lima, pivô dos focos de corrupção encontrados na Lava Jato, só deverá ficar pronta no fim de 2018. Se tudo tivesse corrido como o programado, ela teria sido concluída em maio passado.
A Refinaria Premium 1, no Maranhão, recebeu investimentos de quase R$ 2 bilhões da Petrobas entre 2007 e 2014, segundo o último balanço do PAC. Mas, no fim do ano passado, a Petrobras informou que havia desistido do empreendimento. 
Nas obras tocadas com dinheiro do Orçamento da União, como é o caso das estradas, das ferrovias, da transposição do São Francisco e dos metrôs, a Lava Jato tem pouco impacto, disse ao jornal paulista o secretário do PAC, Maurício Muniz. Isso porque, segundo ele, as empreiteiras sob investigação teriam poucos contratos nessas obras. Nelas, disse Muniz, o atraso é explicado unicamente pelo aperto nas contas públicas.

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