Política

Zé Neto afirma que é preciso filtrar reivindicações legitimas de golpistas

Publicado em 16/08/2015, às 17h30   Matheus Fortes (Twitter: @theusfortes)



O fato de manifestação antigoverno deste domingo, no Farol da Barra, não ter alcançado o mesmo número de pessoas que o primeiro protesto do ano, no dia 15 de março, parece ter tranquilizado o líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Zé Neto (PT). 
Em conversa com o Bocão News, o deputado afirma respeitar os atos, mas que é preciso saber separar as reivindicações legítimas daquelas que seriam fomentadas por grupos que não respeitem a democracia. 
"Nós aprendemos a respeitar todo tipo de manifestação contrária ao governo. Mas é preciso entender, nesses protestos, o que vêm legitimamente das ruas, das manifestações que atendam ao golpismo, pois essas são manifestações que não respeitam o processo democrático", afirmou. 
Ao comentar o nível de insatisfação da população em relação a gestão da presidente Dilma Rousseff - que, segundo as pesquisas mais recentes, chegou à demonstrar 71% de reprovação, atingindo o patamar mais baixo de popularidade para um chefe de estado no Brasil, desde Fernando Collor -, Zé Neto creditou a descrência à situação econômica do país, e que, não seria exclusividade do Brasil.
"Nós vivemos uma crise mundial. As principais economias do mundo estão em um momento delicado. A China está indo mal. Os americanos continuam passando dificuldae. Até mesmo a Alemanha registrou, no ano passado, um crescimento de apenas 1,7%. Claro que será preciso muita energia para ultrapassar essa crise", argumentou.
Ainda ao falar sobre a recessão, o deputado afirma que a mesma descrença no governo também atingiu os demais países em crise. "Claro que toda crise ecônomica vai ter reflexo na política. Nenhum outro país do mundo passou por uma recessão na economia sem enfrentar uma crise polítca", ressaltou. 
Em relação aos protestos que reivindicam um combate mais firme contra a corrupção, o parlamentar voltou a defender o governo, afirmando que a administração petista deu maior liberdade das entidades responsáveis por fiscalizar e investigar escândalos no governo, destacando o trabalho do procurador Rodrigo Janot.  
"Foi no governo do PT que começou uma valorização do poder judiciário e valorização dessas instituições. No governo Lula, mesmo, começou a funcionar a AGU e foi também com muita firmeza que o procurador, que antes era engavetador, passasse a ser uma figura protagonista da defesa dos interesses públicos. Nosso procurador, foi o timoneiro que conduziu grande partes dessas investigações que tomaram os noticíarios", afirmou o petista. 

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