O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou duramente o adiamento do congresso do PMDB para novembro, anteriormente previsto já para o mês que vêm, segundo informou o Diário do Poder. Rompido com o governo, o peemedebista reiterou que defenderá o fim da aliança. "Na prática, estão empurrando com a barriga", atacou.
Cunha esclareceu que é contra o adiamento do encontro do partido para daqui a três meses, reclamando de que marcaram "muito tarde". O deputado gravou sua participação nas inserções para rádio e TV, e em setembro gravará para o programa partidário.
Questionado sobre a necessidade de melhora na relação entre governo e Congresso, o presidente da Câmara disse que está "sempre disposto ao diálogo" para melhorar o ambiente, principalmente na área econômica. "Tanto que ontem vários setores vieram aqui discutir a reoneração e a gente participou da discussão. A gente está sempre aberto para o debate", declarou.
Por fim, ele comemorou a aprovação do projeto que altera a remuneração do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), afirmando que esta é a primeira vez que se vota "um projeto que beneficia o trabalhador para ele ter o mínimo de perda", comentou.
Hoje, os deputados votarão em segundo turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos. Segundo o peemedebista - que é favorável à mudança na Constituição -, não há mais espaço para debate sobre o tema no plenário e que dificilmente os parlamentares mudarão o voto.
