Política

Em jantar, governadores aliados aceitam negociar aumento da nova CPMF

Publicado em 15/09/2015, às 07h48   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Governadores se reúnem com DIlma em Brasília

O governo conseguiu convencer os 19 governadores presentes em jantar na noite desta segunda-feira (14), entre eles o governador Rui Costa (PT), a assumir a linha de frente para negociar, no Congresso Nacional, o aumento da alíquota de 0.20% para 0.38% para que a nova CPMF seja compartilhada com estados e municípios.

De acordo com informações do jornal O Globo, mais cedo, líderes da base no Congresso já tinham revelado a estratégia do Planalto de anunciar uma alíquota mais baixa, sem compartilhamento, para trazer governadores e prefeitos para dentro do Congresso para pressionar pela aprovação do novo imposto, com alíquota maior. A primeira reunião dos 27 governadores já foi marcada para a quarta-feira da semana que vem na Câmara, com lideranças de todos os partidos.

Mostrando que era uma estratégia previamente combinada com os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, no encontro, diante das queixas dos líderes estaduais contra a não inclusão de estados e municípios na partilha do bolo de R$ 32 bilhões da nova CPMF, coube ao ministro da Defesa, Jaques Wagner, mostrar o caminho para resolver o problema da exclusão. “Olha, tem um caminho. Se vocês negociarem com o Congresso esse plus na alíquota, subindo para 0.38%, aí sim é possível o compartilhamento com estados e municípios”, instruiu o ex-governador baiano, que tem funcionado como um dos principais articuladores políticos da presidente Dilma Rousseff (PT).

“Aí vai caber a nós a construção desse caminho no Congresso", concordou o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), filho do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), peça fundamental na abertura de caminho para aprovação desse pacote no Congresso.

Um dos que mais reclamou da exclusão de estados e municípios do bolo de arrecadação pela União, caso a CPMF seja aprovada, o governador do Rio de Janeiro, Luis Fernando Pezão, lembrou sua luta pela inclusão de estados e municípios na partilha da CPMF, desde os tempos do governo Fernando Henrique Cardoso. Pela proposta anunciada nesta segunda-feira por Levy e Barbosa, ao invés de custear a saúde, o novo imposto vai financiar o rombo da Previdência. “Eu acho que precisa haver, sim, esse compartilhamento com estados e municípios. Vou defender que a proposta seja alterada. Os estados também tem um déficit de Previdência. Aliás, o grande gargalo do meu governo é a Previdência”, reclamou Pezão.

Segundo os governadores presentes, com exceção da grita pela exclusão de estados e municípios da partilha da CPMF, o clima geral entre os 19 governadores da base aliada presentes, o clima foi favorável às medidas de ajuste anunciadas pelo governo. De uma maneira geral, consideraram que, dada a gravidade do momento, mesmo que duras, as medidas foram consideradas positivas dentro das alternativas de sacrifício existentes.

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