Política

Neto discorda de Rui sobre PPP para construção do VLT do Subúrbio

Publicado em 16/09/2015, às 09h30   David Mendes (Twitter: @__davidmendes)




Prefeito diz que governo não pode pensar em transporte público como algo rentável

O governador Rui Costa (PT) afirmou que se o governo federal não viabilizar os recursos já prometidos para a construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do Subúrbio, a administração estadual buscará parcerias com a iniciativa privada para construir o equipamento que ligará o Comércio a Paripe, em Salvador.

“Vamos fazer o VLT num formato de parceria com o serviço privado, porque ali é um serviço que tem passagem envolvida, como é o metrô, e nós entendemos que ele é rentável e viável”, disse o governador, em entrevista na última segunda-feira (16), durante evento do PSD. O líder baiano informou que os custos da obra para implantação do VLT giram em torno de R$ 1,2 bilhão e, se implantado, beneficiará cerca de 800 mil pessoas. “Tendo recursos federais, evidente que o custo fica menor para o Estado e para a população”, explicou, ao informar que aguarda a definição do governo federal, porque os editais de financiamento público e privado são diferentes.

Mas, para o prefeito ACM Neto (DEM), não é fácil garantir uma operação rentável de transporte público na capital baiana. “Você tem a referência do trem do Subúrbio, que tem que demandar vários subsídios por parte do governo do Estado, como demandava quando era da prefeitura”, opinou.

Para o gestor soteropolitano, tanto o VLT quanto o BRT dependem de recursos públicos. “A priori, não vejo viabilidade, nem enxergo se quer um investidor interessado em um projeto como esse que depende, naturalmente, de recursos públicos. Mas, quem sabe o governador tenha uma carta na manga”, disse, ao informar que, para o BRT, que também não deverá mais contar com recursos do governo federal, nunca foi cogitado a possibilidade de implantá-lo a partir de uma parceria público-privada. “Até porque existe um sistema já estruturado de transporte público por ônibus em Salvador, e o BRT tem que, naturalmente, estar integrado a esse sistema. Então, o BRT depende de financiamento [público] mesmo, não tem jeito, e sem esse financiamento federal que foi prometido, infelizmente, não tem como sair do papel”, lamentou.

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