Política

Relação PT e PCdoB com os dias contados

Publicado em 11/05/2011, às 20h56   Daniel Pinto


FacebookTwitterWhatsApp


Embora, oficialmente, o PT considere “legítimo” o anseio político do PCdoB em Salvador, na intimidade o partido encarou como uma “afronta” o lançamento da pré-candidatura de Alice Portugal (PCdoB) à prefeitura. A zanga entre as duas legendas está tão acentuada na capital que muitos apostam na ruptura política até o final do ano.  

A vereadora Aladilce de Souza (PCdoB) não é tão pessimista, mas garante que o grupo está disposto a “arcar com o preço” para disputar o Thomé de Souza pela primeira vez. “Temos uma relação muito respeitosa com o PT, mas a cidade precisa de um projeto mais amplo por parte da esquerda. Existem algumas nuances que só podem ser percebidas em candidaturas distintas. Isso não quer dizer que vamos construir plataformas antagônicas. O partido está empolgado, a militância está eufórica e o momento é muito favorável. Seria um retrocesso não ir até o fim”.

O líder da oposição na Casa, o petista Henrique Carballal, encara com "naturalidade" a postura do PCdoB. Mas, acredita que ainda é prematuro vislumbrar o cenário da sucessão em 2012. “As peças começaram a aparecer no tabuleiro. Entretanto, o jogo precisa ser jogado”, contemporizou. 

Mesmo admitindo que os aliados sigam outro caminho, Carballal prefere falar em unificação. “O PT não pode ter a arrogância de dizer que vai liderar o processo. Embora, acreditemos que Nelson Pelegrino é o mais preparado para agregar todas as forças que estão ao lado do projeto do governador Jaques Wagner. Creio que as ambições particulares devem ficam em segundo plano. O mais importante é permanecer unidos para ganhar ainda no primeiro turno”.

Apesar dos discursos relativamente moderados, o clima entre “companheiros” e “camaradas” está cada dia mais tenso.

Fotos: Roberto Viana/Bocão News

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp