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Nilo paz e amor: em entrevista, presidente da Alba evita atacar adversários

Imagem Nilo paz e amor: em entrevista, presidente da Alba evita atacar adversários
Deputado disse que não será possível retirar policiais militares da segurança da Casa   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 28/09/2015, às 14h15   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo (PDT), afirmou na tarde desta segunda-feira (28), que não será possível atender o pedido do governador Rui Costa, retirar policiais militares da segurança da Casa. “A Assembleia é um poder e um poder tem que ser mantido pelo poder público. A Assembleia tem 57 policiais e desses, sete ficam com o presidente, 50 para manter o poder”, explicou em entrevista à Rádio Metrópole.
O deputado estadual detalhou ainda que o assunto não foi tratado com o líder do executivo estadual. “Proporcionalmente, é o segundo com menor número. Chegamos a ter 80 e reduzimos pra 57. tem quatro entradas e quem tem que dar a segurança é a Polícia Militar. Se tirar, vamos ter que contratar, o que seria muito mais caro para o poder legislativo”.
Ainda na oportunidade, Nilo comentou sobre a saída do Partido Democrático Trabalhista (PDT), oficializada em agosto deste ano. "O presidente nacional do partido, Carlos Luppi, me telefonou semana passada, e fui ao Rio de Janeiro conversar com ele. Eu e o deputado Roberto Carlos fizemos uma proposta política a ele, e ele ficou de me responder até quarta-feira”. 
Sem atacar o presidente do partido na Bahia, Felix Mendonça Jr, com quem ele já trocou farpas por meio da imprensa, Nilo voltou a afirmar que seria impossível seguir no partido. “Com Félix Mendonça na presidência não é possível continuar no partido, não é nada pessoal, mas o que eu penso é completamente diferente do que ele pensa. Eu sou o único deputado na história da Bahia que ficou 16 anos na oposição, ele vinculado a Jaques Wagner, por que Wagner ganhou, se Paulo Souto tivesse ganho aquela eleição ele estaria do lado de lá”.
O presidente da Alba reforça que tem ideologias distintas do presidente nacional do PDT.e que a preferência dele seria pelo Partido Liberal (PL). "Nosso grupo político hoje são nove deputados estaduais e 82 prefeitos. Conversando com Kassab, ele me deu uma notícia que mudou os nossos planos: o PL vai se fundir com o PSD. Então, eu me dou muito bem com Otto Alencar, mas o PSD é um partido consolidado na Bahia, onde é que eu vou colocar os meus prefeitos, os meus candidatos? (...) Então, infelizmente não tenho condições de ir para o PSD neste momento, por causa das eleições municipais, mas tem uns 6 a 7 partidos que estamos conversando. Prefiro guardar em segredo alguns, por que é igual a jogador de futebol, se você disser que vai contratar, vai outro e oferece mais".
O deputado estadual revelou também que sofre uma pressão com a quantidade de prefeitos que o procura em busca de apoio político para as próximas eleições. "Fico feliz porque muitos prefeitos, inclusive que não votaram conosco, querem ir para um partido que eu tenha a presidência. Só para ter uma ideia, o saldo é de 46 prefeitos no PDT, 42 me falaram que sairiam se eu saísse também".
Questionado sobre o processo que o deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB) moveu na Justiça, o deputado estadual afirmou que sofre essa ação por ter feito apenas uma pergunta. "Ele está me processando, por que perguntei como ele sobreviveu se passou oito anos sem trabalhar. Acha que estou ofendendo alguém? Estou perguntando! Ele me processou, mas não me respondeu. Se me perguntarem antes de ser deputado o que eu fiz, eu vou responder", defendeu Nilo. 
Ele ainda lembrou quando o deputado federal, Jorge Solla, também citou o nome Imbassahy, envolvido na Operação Lava Jato. "Chamaram de almofadinha, Jorge Solla ele não tá processando, está lá no Lava Jato. Segundo Solla, disse que pegaram ele. Respondeu a Solla mas não me responde. Eu não difamei nada", comentou.

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