Política

Suíça bloqueia cerca de US$ 2,4 milhões das contas secretas de Eduardo Cunha

Publicado em 08/10/2015, às 08h14   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)



Autoridades da Suiça bloquearam US$ 2,4 milhões, o equivalente a R$ 9,6 milhões, em contas secretas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e de familiares dele, segundo disse nesta quinta-feira (8) ao GLOBO uma fonte que acompanha o caso de perto. 
De acordo com O Globo, os extratos com o registro do saldo nas contas foram enviados pelo Ministério Público suíço e chegaram ontem à tarde na Procuradoria-Geral da República. Caberá agora ao procurador-geral Rodrigo Janot decidir se pede abertura de um novo inquérito ou se apresenta nova denúncia contra Cunha, que insiste em negar ser correntista no país europeu e que ‘não há hipótese de renunciar à presidência da Casa.
Ontem, o site do GLOBO revelou que Cunha usou empresas offshore para movimentar contas bancárias na Suíça.  As contas foram descobertas em abril deste ano e desde então o presidente da Câmara vinha sendo investigado na Suíça por corrupção passiva e lavagem de dinheiro desviado da Petrobras. Cunha é suspeito de receber propina numa transação relacionada vazamento de informação privilegiada e venda, para 
a Petrobras, de um campo de petróleo no Benin. O presidente da Câmara foi denunciado, em agosto, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Cunha foi acusado de receber US$ 5 milhões em propina para facilitar a compra de dois navios-sondas da Samsung Heavy Industries, pela Petrobras, um negócio de US$ 1,2 bilhão. O negócio teria resultado em propina no valor total de US$ 40 milhões. Outros dois acusados no caso, o lobista Fernando Soares, o Baiano, e o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró já foram condenados por Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Baiano foi condenado a 16 anos e um mês de prisão. Cerveró deverá cumprir 12 anos e 3 meses. Na denúncia que fez, Janot pede que Cunha devolva ao cofres públicos US$ 80 milhões, soma entre multa e valores desviados. As investigações iniciadas na Suíça podem se complementar com outras informações já obtidas pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal no Brasil.

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