Nesta segunda-feira (16), surgiram boatos de que o vereador Batista Neves (PMDB) estaria chateado com a direção do seu partido. Segundo comentários dos bastidores, a “birra” teria sido motivada porque o vereador se sentiu “abandonado” pela legenda, após a polêmica envolvendo o projeto que pretende cobrar pelo estacionamento nos
shoppings centeres da cidade.
A coluna Raio Laser, da Tribuna da Bahia, vai além e diz que Batista Neves confessou a amigos que antes da criação do texto teve reunião com empresários do setor e com a cúpula estadual do PMDB.
O presidente regional da legenda, o deputado federal Lúcio Vieira Lima, nega categoricamente a participação no encontro. “Isso não aconteceu. Nunca houve essa reunião. Mas, ele não precisa consultar o partido para apresentar um projeto. Esse é um direito e uma atribuição do parlamentar”, observou o dirigente.
Embora desminta os boatos, Lúcio mostra simpatia pela proposta. “Sei que a discussão cabe à Câmara Municipal. A matéria está lá para receber emendas e ser melhorada. O que não pode é ficar como está, com tanto uso indevido do espaço enquanto os clientes esperam por horas em busca de vagas. Já ouvi relatos de gente que deixa o carro no shopping e pega o ônibus da empresa para ir trabalhar no Pólo Petroquímico, em Camaçari”.
O ex-ministro Geddel Vieira Lima, vice-presidente do PMDB na Bahia, ratificou a posição. “O vereador é meu amigo, estive com ele no fim de semana e isso não foi discutido. Pessoalmente, acho que o projeto é meritório. Entretanto, nenhum parlamentar precisa da autorização prévia do partido para apresentar uma ideia. Até porque essa não é uma questão doutrinária e não vai de encontro ao nosso estatuto. Além do mais, Batista Neves está no exercício do seu mandato”.
