Política

“Existe no país a síndrome da caneta”, diz Rui Costa

Publicado em 29/10/2015, às 16h28   Leo Barsan e Juliana Nobre



O governador voltou a falar sobre a reunião com ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), nesta quinta-feira (29), quando ele e uma comitiva discutiram as obras da Ferrovia Integração Oeste-Leste (Fiol). Segundo o gestor estadual, agentes públicos estão retardando a continuidade das obras por causa dos órgãos de controle.

"Existe no País a síndrome da caneta. Ninguém quer assinar mais nada temendo que os órgãos de controle considerem todos corruptos. O país está parando e a economia estagnando por causa desses entendimentos. Controle não pode ser obstáculo", definiu.

Sobre a reunião, o governador baiano informou que os ministros do TCU classificaram as discussões em torno da obra como “mal entendido”. "Saímos felizes porque conseguimos mostrar que essa obra é importante. Foi pensada pela primeira vez há 50 anos e não poderia ser colocada em dúvida", resumiu.

Nesta quarta-feira (29), o TCU informou à reportagem do Bocão News que “não recomendou a paralisação ou a alteração do traçado da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), mas orientou que os órgãos envolvidos avaliassem a relação custo-benefício da execução da obra completa ou de seus segmentos”. No entanto, o governador discordou da informação. "Li a recomendação atentamente e nas primeiras oito paginas vi, diversas vezes, a palavra determinação. Eram argumentos fragilíssimos que desmontei com dois argumentos. Ao invés de críticas, o relatório deveria ter elogios", completou Rui Costa. "Queriam arrumar cabelo em cabeça de ovo", disse, ainda, em referência à antecipação da compra dos trilhos.

O governador ainda criticou a condução do processo. “Economizamos porque compramos quando o dólar valia R$ 2. Devia ter no edital do concurso que antes de assumir um cargo técnico nk Tribunal, essas pessoas deveriam ter conduzido uma obra".

A recomendação de Rui Costa foi endossada pelo senador Otto Alencar (PSD). O congressista afirmou que vai preparar um projeto de lei que estabelece nos editais que técnicos do TCU tenham coordenado uma obra antes de assumir o cargo para evitar entendimento distorcido e falta de conhecimento.

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