Política

Briga de patentes na Assembleia Legislativa da Bahia

Imagem Briga de patentes na Assembleia Legislativa da Bahia
Coronel Santana e Capitão Tadeu trocaram ofensas durante reunião de comissão  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 17/05/2011, às 22h11   Luiz Fernando Lima


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Uma divergência entre os deputados “policiais” Capitão Tadeu (PSB) e Coronel Gilberto Santana (PTN) acabou em discussão sobre patente. Um bradou com o outro sobre a competência da segurança pública e os dois só foram contidos após a intervenção de outro membro da bancada policial, o delegado Deraldo Damasceno (PSL), que tratou de acalmar os dois colegas.

A discussão acalorada aconteceu durante a reunião da comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública, da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (17). Na oportunidade, os membros do fórum temático ouviam o secretário de segurança da cidade Luís Eduardo Magalhães, Eder Fior.

Pessoas que acompanhavam a reunião, que preferiram não divulgar os nomes, afirmam que a situação ficou constrangedora para os parlamentares. Tanto que logo após o delegado colocar  panos quentes o coronel abandonou a sala da comissão.

A discussão começou, segundo o próprio Capitão Tadeu, após ele manifestar que a Segurança Pública também é dever dos municípios. De acordo com o socialista, a constituição diz que o assunto é uma questão de Estado, e não apenas do governo do estado, portanto, para ele, o município também deve cooperar com políticas públicas para minimizar os problemas.

“Tanto é que no mesmo capítulo da constituição são colocadas as polícias Federal, Militar, Civil e a Guarda Municipal. Então, é dever da União, do Estado e do Município. O município não tem que ter polícia mais é a garantia de direitos”, afirmou.

No meio da defesa de ponto de vista de Tadeu, Santana pediu a palavra e começou a sua explanação. Para o Coronel, a segurança pública é assunto do governo estadual. “Não é papel das prefeituras pagar combustível de viatura”, alfinetou.

O tom de Santana não agradou Tadeu que partiu para cima dizendo que o primeiro não era muito assíduo das reuniões e que não estava acostumado com as discussões parlamentares, até por estar no primeiro mandato. Já o coronel, disse que apesar de estar começando agora também era advogado e que conhecia das leis.

“É preciso interpretar melhor as coisas que se falam aqui dentro. Só que ele (Santana) fala de um jeito de coronel”, criticou Tadeu. Neste momento, Santana teria usado sua patente para diminuir o par. Segundo relatos, ele disse ter 38 anos de corporação e que chegou por méritos ao posto de coronel e que não era culpado por Tadeu não ter crescido na polícia.

A discussão ainda continuou com a troca de acusações. Solução para o município do oeste baiano  ficou para a próxima rodada. Uma coisa é certa, se por um lado as comissões temáticas aparelhadas pelas indicações políticas pouco produzes, por outro, têm sido um novo palco para troca de farpas entre os parlamentares.

Na quarta-feira (25), a comissão de Defesa do Consumidor vai ouvir o diretor-presidente da Embasa, Abelardo de Oliveira. Mais uma sessão que promete troca de amabilidade entre os pares, neste caso, entre os governistas e os da oposição, os segundos querendo esclarecimentos sobre o aumento de mais de 13% e sobre os investimentos em eventos comemorativos dos 40 anos da empresa de economia mista.

Fotos: Roberto Viana e Edson Ruiz // Bocão News

Classificação Indicativa: Livre

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