O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deverá admitir que tinha dinheiro no exterior, mas que não foi vindo de propinas, como apontou a Lava Jato, operação que investigou o desvio de recursos na Petrobras. Segundo o jornal O Globo, o peemedebista vai argumentar no Conselho de Ética que o dinheiro em contas na Suíça foi obtido com a venda de carne para países africanos como a República Democrática do Congo (antigo Zaire) e o Congo, ainda no final da década de 80.
Cunha vai alegar ainda que operou no mercado financeiro como “scalper”, uma espécie de especulador, na década de 90, onde também teria obtido recursos, mas negará que recebeu propina do lobista João Henriques, o delator que acusou o deputado de receber propina a partir de contratos com a Petrobras.
A estratégia é para escapar da acusação de que mentiu na CPI da Petrobras, onde disse não ter contas no exterior. O ato desencadeou o pedido de cassação do mandato por quebra de decoro protocolado pelas bancadas do Psol e da Rede.
