Política

Doações políticas são feitas para que se obtenha uma vantagem, diz dono da UTC

Publicado em 08/11/2015, às 08h30   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



A delação premiada do dono da UTC Engenharia, o baiano Ricardo Pessoa, deu aos investigadores da Lava Jato a confissão de um dos principais membros ativos da corrupção na Petrobras, via doações eleitorais a candidatos e partidos em troca de “benesses” nos governos. “As doações políticas são feitas para que se obtenha uma vantagem, seja ele devida ou indevida, seja para que partido for”, disse Pessoa durante depoimento. 
Um dos coordenadores do cartel de empreiteiras acusado na Lava Jato, Pessoa revelou que o “incremento no valor deveu-se a uma estratégia da UTC em ampliar a sua área de relacionamento, visando o aumento de volume de negócios da empresa”.
No caso das doações feitas para candidatos a deputado e senador, “o interesse da UTC é acompanhar e influenciar a agenda legislativa”. “As doações políticas propiciam maior acesso aos tomadores de decisões, facilitando acesso mais rápido aos seus objetivos e interesses de uma maneira mais eficaz e célere”
No melhor exemplo que as doações podem servir a interesses econômicos e não políticos ou partidários, o dono da UTC citou doações que fez ao candidato Paulo da Força (PDT-SP), de olho na atuação sindical deste nas obras da Usina Hidrelétrica São Manoel, bem como as doações para o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) – condenado no mensalão – por sua “grande relevância” no Ministério dos Transportes.
A força-tarefa quis saber qual a relação entre o aumento de doações é os novos negócios e o delator explicou que “o relacionamento com autoridades eleitas propicia a abertura de portas para que você tinha legitimidade para propor e discutir oportunidade de negócios”.
As informações foram publicadas pelo Estadão

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