Política

DEM e SD racham com PSDB na Câmara dos Deputados

Publicado em 23/11/2015, às 07h51   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O PSDB provocou um racha no bloco oposicionista após deixar em segundo plano o movimento pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e apoiar o governo petista na votação da renovação da Desvinculação das Receitas da União (DRU). O Movimento Parlamentar Pró-Impeachment, criado em setembro, praticamente deixou de funcionar e deputados do Solidariedade e do DEM acusam abertamente os tucanos de terem “jogado pela janela” a principal bandeira que unificava as oposições.
De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, depois de manter uma linha de oposição sistemática e radical contra o governo, o presidente do PSDB , senador Aécio Neves, deu uma guinada no discurso. Segundo tucanos, a sigla constatou, por meio de pesquisas, que a estratégia enfrentava uma fadiga de material.
“Foi um pouco a sinalização de pesquisas que mostraram a necessidade do PSDB apresentar soluções para a crise. Há uma cobrança forte da opinião pública, o que provoca insegurança nas lideranças da bancada. Isso causa os avanços e recuos do partido, mas a opinião pública também avança e recua”, disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
O setor mais engajado no discurso anti-Dilma, porém, tem outra tese para explicar a mudança de discurso do PSDB. “Eles abriram mão do impeachment para ficar bem com o mercado. Preferem seguir o mercado do que o povo brasileiro. O clima está ruim na oposição. Jogaram o impeachment pela janela”, disse o deputado Paulinho da Força (SP), presidente do Solidariedade. Ele afirma, ainda, que seu partido, ao contrário do PSDB, vai “obstruir ao máximo” a DRU. “Como pode um governo corrupto como esse gastar até 30% do orçamento livremente?”
“A questão da Desvinculação das Receitas da União é um instrumento que nós consideramos hoje necessário à execução orçamentária, à melhoria da qualidade da saúde, da qualidade da área de transporte. Isso é uma demonstração de que o PSDB não é oposição ao Brasil. Jamais seremos”, justificou Aécio.

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