A ideia do governo de tentar associar a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) a um golpe é uma "piada". Essa é a avaliação do ex-senador Pedro Simon (PMDB) que participa da noite desta quarta-feira (9) da homenagem do Ministério Público da Bahia (MP-BA) ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em Salvador.
Na avaliação do peemedebista, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai mandar a Câmara escolher novamente a Comissão Especial que analisará o impedimento da presidente Dilma. "Era para a (votação) ser aberta, ele [presidente da Câmara, deputado federal Eduardo Cunha] fez o voto secreto", pontuou.
Para o ex-senador, Cunha tem se "equivocado" e "exagerado" nas decisões tomadas na presidência da Câmara. Pedro Simon minimizou as declarações de vice-presidente Michel Temer (PMDB), que escreveu uma carta para presidente Dilma supostamente rompendo com o governo. "Ele fez um desabafo (...) que guardou nesses cinco anos", atenuou. Ainda na avaliação de Simon, Michel Temer tem condições de unificar o país.
O peemedebista disse também que o Brasil vive "a maior (crise) em termo históricos". "Falar em golpe é piada. (...) Pode ser oportuno", acrescentou.
