Depois do Ministério Público e da Polícia Civil desarticular, na Operação Verde Limpo, um esquema de fraudes em processos de licenciamentos ambientais e de autuações ilegais na Secretaria Municipal de Urbanismo, a Prefeitura de Salvador prometeu abrir um processo administrativo para apurar as irregularidades. Prestes a completar um mês na próxima sexta-feira (25), o caso caiu no esquecimento após a gestão municipal jogar uma pá de cal no assunto. Essa é a avaliação da vereadora Vânia Galvão (PT).
“A prefeitura aposta no esquecimento da população, do povo, da sociedade. Isso é muito ruim. Neste caso, desde o ano passado, fizemos levantamento e denunciamos para mostrar o problema da liberação”, criticou a petista.
Para a vereadora, não basta a prefeitura exonerar os servidores envolvidos no escândalo. “Não existe por parte desta gestão uma seriedade. Queremos que eles apresentem as medidas adotadas. Simplesmente exoneraram as pessoas, só isso? E as licenças foram suspensas?”, questionou a Vânia Galvão. “A gente não sabe efetivamente o que ocorreu”, acrescentou.
Caso
O esquema de fraudes foi desarticulado em novembro. Na ocasião, a polícia cumpriu quatro mandados de prisão, dois eram servidores que trabalhavam na secretaria há mais 30 de anos. Segundo o MP, os funcionários autuavam empresas sem licenciamento ambiental com o objetivo de depois exigirem propina.
