Política

Citados em mensagens de Wagner, executivos da OAS viraram secretários na Bahia

Publicado em 08/01/2016, às 08h38   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Os executivos da OAS que aparecem nas trocas de mensagens envolvendo o atual ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e indicadas como suspeitas pelos investigadores da Operação Lava Jato, foram nomeados secretários de Estado no governo da Bahia. Um dos dois executivos mencionados chegou trabalhar na Secretaria da Casa Civil durante a gestão de Wagner. Manuel Ribeiro Filho, que foi secretário de Desenvolvimento Urbano na gestão de Wagner não foi aproveitado por Rui Costa, que assumiu em janeiro de 2015. Mas Bruno Dauster, ex-executivo da empreiteira citado nos diálogos, foi elevado ao cargo de secretário da Casa Civil.

As interceptações são de mensagens que envolvem Léo Pinheiro, ex­presidente da OAS condenado a 16 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa no esquema na Petrobrás. Em troca de mensagens entre números não identificados até o momento, obtidas por meio da interceptação de diálogos do celular de Léo Pinheiro, há texto em que Dauster é citado como alguém que “sabia tudo de metrô”, em possível referência às obras no metrô de Salvador. “Para sua informação tanto JW quanto Rui Costa dizem que Bruno Dauster sabia de tudo do metrô e como é gente sua...Abc MK”, diz a mensagem.

Dauster afirmou ao jornal paulista, via assessoria de imprensa da Secretaria da Casa Civil da Bahia, que não se recorda das conversas relatadas pela reportagem e disse que elas estão fora de contexto. Ele informou que, em 2013, data das mensagens, já estava na Casa Civil e afirmou não fazer sentido levantar qualquer dúvida em relação à licitação do metrô de Salvador porque a OAS perdeu a concorrência.

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