Política

Minhas coisas foram feitas às claras, diz Geddel após lobby para a OAS

Publicado em 20/01/2016, às 07h18   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O presidente do PMDB na Bahia, Geddel Vieira Lima, ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal e ex-ministro da Integração Nacional, rebateu a denúncia do jornal O Globo de que teria feito lobby para a empreiteira OAS. Em entrevista ao diário fluminense, o peemedebista disse que o intermédio era natural e admitiu ter atendido aos pedidos feitos pelo presidente da empresa, Leo Pinheiro, atuando dentro da Caixa. Os diálogos entre o empreiteiro e o peemedebista foram extraídos por investigadores da Lava Jato do celular de Pinheiro.
"Ele era um grande empresário brasileiro. Eu fazia isso com todos. Quem me procurava era um empresário como qualquer outro. Minhas coisas foram feitas às claras. Eu não estava conversando ou fazendo pedidos a um criminoso, estava conversando com um grande empresário brasileiro, meu amigo. A Polícia Federal não tinha dito que era criminoso, ninguém havia levantando algum tipo de suspeita", se defendeu. Geddel ainda disse que não lembra se a OAS fez algum empréstimo junto à Caixa. "Quando estávamos lançando o setor de exportação, de crédito internacional, eu estava querendo mostrar serviço. Eu fui para São Paulo, eu e meus diretores, batendo na porta de empresários, me apresentando. Estive com Odebrecht, com Friboi, com quem você possa imaginar", contextualizou.
Em relação a intervenção que o peemedebista teria feito junto à prefeitura de Salvador em favor da empreiteira no empreendimento do Costa España, Geddel diz não lembrar se chegou a se reunir com o prefeito para tratar do assunto. "Acho que era uma ciclovia que queriam fazer na frente do Costa España", apontou. Questionado se é sócio no empreendimento, Geddel Vieira lima respondeu que chegou a pensar em comprar um apartamento, mas que um irmão acabou comprando. 
Em outro trecho das conversas com Leo Pinheiro, o presidente do PMDB pede doação ao empreiteiro para  eleição em Vitória da Conquista. Questionado se os pedidos de doação à OAS estão associados à atuação dele em defesa da empreiteira, o dirigente partidário diz "as doações da OAS foram decepcionantes na Bahia".

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