Política

Prefeito provoca Rui Costa após Trindade judicializar cervejaria no Carnaval

Publicado em 20/01/2016, às 12h17   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)


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Após o vereador Trindade (PSL), aliado do governador Rui Costa (PT), acionar a Justiça contra a exclusividade da cervejaria Schin no Carnaval de Salvador, o prefeito ACM Neto (DEM) provocou o chefe do Executivo baiano em resposta ao legislador municipal. Em nota divulgada na imprensa, Trindade dizia que a decisão da prefeitura em excluir concorrentes do setor na festa momesca "limita as possibilidades de ganho dos comerciantes e impede a livre escolha dos consumidores".  "Entendo que quem patrocina deva ter o direito de colocar suas marcas nos circuitos com exclusividade, mas obrigar o cidadão a consumir determinado produto configura ilegalidade", criticou o vereador.

Na manhã dessa quarta-feira (20), durante autorização de construção de uma creche no bairro de Nova Brasília, o prefeito reagiu e chamou o governador para o meio da polêmica. “A cervejaria paga [a festa], o banco paga, a companhia aérea paga. Sabe o que fazem os vereadores de oposição? Vão para a Justiça tentar impedir que a prefeitura receba os recursos dos patrocinadores do Carnaval. Isso é uma vergonha. Aliás, quero ouvir a opinião do senhor governador sobre esse assunto. Se ele concorda que os vereadores, amigos dele, façam isso contra a cidade e contra o cidadão. Carnaval é muito importante para Salvador, mas a gente só consegue fazer ele com dinheiro da iniciativa privada”, disparou.

A provocação do democrata veio após o próprio gestor destacar o papel da iniciativa privada no desenvolvimento da política social do município como a contrapartida dos shoppings centers da cidade na construção de creches. No embalo do discurso, Neto citou o episódio do carnaval. “O que a prefeitura arrecadava com a iniciativa privada para o Carnaval era quase nada, mais ou menos R$ 12 milhões de reais. Era um dinheiro insuficiente para bancar a festa. Eu disse: com a gente vai ser diferente. Fomos buscar o recurso privado para garantir que as empresas paguem o carnaval e aí a prefeitura tem mais dinheiro para educação, transporte, saúde, e por aí vai. Melhoramos a festa, garantimos a organização, levamos para os bairros”, defendeu. 

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