Política
Publicado em 25/01/2016, às 19h43 Juliana Nobre (@julianafrnobre)
Os senadores e deputados federais retornam as atividades após o Carnaval e terão na agenda, pelo menos, 10 projetos considerados polêmicos. Mas em ano eleitoral, o calendário de votações nas Casas pode ser atingido. De acordo com o senador Otto Alencar (PSD), 2016 será um ano com poucos encaminhamentos. Além da eleição nos municípios brasileiros, o que também deve interferir no andamento do Legislativo é o travamento causado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
“O cenário que vamos encontrar este ano é o mesmo de 2015. Uma crise que ainda não foi resolvida, um presidente da Câmara com uma situação frágil em relação à ética e moral. As matérias que aprovamos no ano passado e que voltaram para a Câmara não foram votadas. Então 2016 será um ano perdido”, avalia o senador baiano.
Dentre os assuntos que podem travar as pautas de votação da Câmara Federal ainda estão o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a cassação de Cunha. As articulações pró-impeachment continuam. Eduardo Cunha pretende apresentar os embargos de declaração logo que o Judiciário volte do recesso, em 1º de fevereiro. Para Otto, a crise política e econômica instalada no país tem um único motivador: “considero Cunha o único vetor importante para a crise política que vivemos. É uma pessoa sem compromisso com o Brasil”, critica.
Contudo, dentre as pautas relevantes de 2016 estão: o impeachment da presidente; as pedaladas fiscais; cassação de Eduardo Cunha e do senador Delcídio do Amaral; o retorno da CPMF; a reforma previdenciária; maioridade penal; lei antiaborto; estatuto do desarmamento e o da família.
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