Política

Luiza Maia acionará MP por contratação da La Fúria pela prefeitura de Camaçari

Publicado em 01/02/2016, às 14h55   Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)



Em meio à disputa para quem vai ser o candidato petista pela prefeitura de Camaçari, a deputada estadual Luiza Maia (PT) resolveu comprar outra briga com a gestão do prefeito de Camaçari, Ademar Delgado, advogando indiretamente a favor do esposo, o também petista e pré-candidato, Luiz Caetano.

Criadora da Lei Antibaixaria, aprovada na Assembleia Legislativa da Bahia, com o objetivo e impedir financiamento público de bandas que desvalorizam a mulher, a deputada prometeu denunciar ao Ministério Público da Bahia a contratação da banda La Fúria, para participar da Lavagem de Arembepe, festa subsidiada com recursos públicos municipais.

"É impossível La Fúria não tocar baixaria, seu repertório é só esculhambação. Essa jogada de tocar músicas de outros artistas, quando contratados com dinheiro público, é para burlar a Lei. Não vamos aceitar! Eles recebem a grana e continuam produzindo e cantando baixaria", disparou.

Luiza Maia também lembrou que Camaçari foi o primeiro município a praticar a Lei, na gestão de Caetano, antes mesmo dela ser aprovada no Estado: "Esse grupo é do mesmo empresário da banda dos estupradores, a New Hit. A grave diferença é que agora usam uma criança para propagar a pornografia. Por isso, vou denunciar ao Ministério Público".

Rompimento

Em janeiro de 2015, o ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, e a deputada estadual Luiz Maia romperam politicamente com o atual gestor camaçariense, Ademar Delgado, afilhado político do casal petista.

A gestão petista no município da Região Metropolitana de Salvador teve início em 2004, quando Caetano venceu pela primeira vez as eleições, depois se reelegeu em 2008, e conseguiu emplacar seu sucessor, Delgado, em 2012.

As rugas entre os três petistas vieram a público durante as eleições deste ano quando Luiza Maia revelou que a rejeição do atual prefeito já tinha rompido a barreira dos 70% e o motivo seria o modo de governar de Delgado, que não costuma ouvir conselhos.

Depois da mulher, Caetano também deixou claro a insatisfação com o afilhado e afirmou que estava disposto a sentar para discutir 2016 se Delgado não “atendesse as reivindicações da população”.

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