Política

Palocci entra com novo recurso contra Youssef e Fernando Baiano

Publicado em 02/02/2016, às 14h52   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)


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Os advogados do ex-ministro Antonio Palocci entraram com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar revogar os benefícios da delação premiada do doleiro Alberto Youssef e do lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano. De acordo com O Globo, em petição protocolado no STF, a defesa de Palocci, investigado na Operação Lava-Jato, chama os dois de mentirosos.
A defesa alega que havia contradições entre a delação de Youssef e do ex-diretor da Petobras, Paulo Roberto Costa. Costa disse que, em 2010, Youssef lhe pediu R$ 2 milhões, que teriam sido solicitados por Palocci para a campanha da então candidata a presidente Dilma Roussef. Mas o doleiro negou que tenha repassado dinheiro ao ex-ministro. A defesa de Palocci sustenta que, para superar essa contradição inicial, Youssef, em conjunto com Baiano, passou a sustentar versão de que teria entregue R$ 2 milhões a uma pessoa desconhecida em hotel em São Paulo, que poderia ser assessor de Palocci.
Os advogados criticam a forma como estão ocorrendo as delações premiadas da Lava-Jato, dizendo que há uma cooptação de investigados já psicologicamente fragilizados em razão da prisão a que estão submetidos. Segundo a defesa, houve estímulo para que inventem histórias, tendo em vista a liberdade.
O pedido inicial de revogação dos benefícios de Youssef e Baiano foi protocolado em 23 de novembro do ano passado, mas, em 10 de dezembro, foi negado pelo ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava-Jato no STF. Ele entendeu que Palocci não tinha legitimidade para fazer esse tipo de pedido. Assim, para evitar nova negativa, a defesa diz no recurso que não está pedindo a revogação do benefício dos delatores, mas trazendo informações que mostram as mentiras deles para que o STF tome as medidas pertinentes.
A defesa quer que Teori reconsidere sua decisão ou a leve para ser analisada pela Segunda Turma do STF, composta por cinco ministros, entre eles o próprio relator da Lava-Jato. A petição é assinada pelos advogados José Roberto Batochio e Guilherme Octávio Batochio.

Fonte: O Globo

Classificação Indicativa: Livre

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