Política

Deputado acusa governo de superfaturar Fonte Nova

Imagem  Deputado acusa governo de superfaturar Fonte Nova
Em contrapartida, líder da situação diz que oposição tenta atrapalhar a Copa  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 01/06/2011, às 19h21   Redação Bocão News


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“O governo Wagner adotou a medida errada para fazer o contrato da Fonte Nova. No final das contas vai custar quase R$ 2 bilhões. Vai ser o estádio mais caro do Brasil. Não tenho dúvida de que vai sair dinheiro aí para quem fez a obra, para os lobistas e para quem atuou no tráfico de influência”. A denúncia leva a assinatura do deputado Bruno Reis (PRP), que foi entrevistado nesta quarta (1º), no Se Liga Bocão, da Itapoan FM 97,5.

Logo no início do programa, o parlamentar revelou que ficou “estarrecido” ao ter acesso ao contrato da nova arena. “Ao invés de fazer licitação, eles optaram por uma PPP (Parceria Público Privada). Com essa modalidade, as empreiteiras vão contar com financiamento público do BNDES e com dinheiro do governo do estado. Assim, os empresários vão entrar apenas com o charme. Não colocam R$ 1 na arena e vão explorar o espaço por 35 anos”.

A primeira intervenção do apresentador Zé Eduardo foi pra saber se havia indícios concretos de superfaturamento. “Sim, não resta dúvida. A Fonte Nova vai ser o estádio mais caro do Brasil. Mais caro até mesmo do que o Maracanã, orçado em R$ 600 milhões e com 15 mil espaços a mais. Os valores dos contratos, de fato, precisam ser renegociados”.

Perseguição - Neste momento, o líder do governo na Assembleia Legislativa, Zé Neto (PT), fez uma participação ao vivo por telefone. Primeiro, o petista defendeu a forma de contratação da empreitada e cobrou responsabilidade da oposição. “Tenho ouvido a reclamação da minoria e posso dizer com tranquilidade que a PPP é a melhor opção. Além da contrapartida social, o projeto vai deixar um legado para a cidade de Salvador. Tudo tem sido tratado com total transparência. Agora, é preciso ter cuidado para não atrapalhar a Copa do Mundo. Se algo de errado acontecer, a gente vai saber de quem é a culpa”.

Em seguida, num momento mais delicado, Zé Neto acusou claramente o conselheiro Pedro Lino, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), de perseguir o governo Jaques Wagner. “Nesse caso, tem sempre uma demanda negativa contra o estado. Ele [Pedro Lino] deveria se considerar impedido de relatar o processo. Não apoiamos a ida desse conselheiro à Assembleia porque seria construir palanque para a oposição”.

Bruno Reis se defendeu e levantou a bola do representante do TCE. “Estou no exercício do meu mandato e uma das minhas atribuições é fiscalizar as ações do estado e impedir o desperdício de dinheiro público. Outra coisa: Pedro Lino foi herói quando vocês estavam na oposição. Agora, que vocês estão do outro lado, de repente ele virou um algoz”. 

Composição: Bocão News

Classificação Indicativa: Livre

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