Política

Petrobras estuda entregar prédios alugados na Bahia

Publicado em 13/02/2016, às 15h00   Redação Bocão News (@bocaonews)



Em processo de enxugamento da estrutura administrativa, a Petrobras conta com a devolução de prédios alugados nos últimos dez anos para reduzir custos. Dois imóveis no centro do Rio já foram entregues e a empresa planeja sair de outros na Bahia, em Macaé, no norte fluminense, e no Espírito Santo – onde novas sedes foram construídas e são alvos de investigação da Operação Lava Jato.

O processo de reestruturação começou em agosto, com a demissão de funcionários terceirizados. Na Bahia, parte das atividades da área financeira foi transferida para a Torre Pituba no final de janeiro. Ainda assim, os contratos antigos de aluguel continuam vigentes. A previsão é que a mudança seja concluída até o final do ano. Até lá, a estatal seguirá pagando aluguéis duplicados. A nova torre foi concluída em outubro e pertence ao fundo de pensão Petros, sendo alugada à estatal em contrato de 30 anos.

A obra foi tocada pelas empreiteiras Odebrecht e OAS, investigadas na Lava Jato. Em sua delação, Nestor Cerveró, ex-diretor da estatal, disse que parte dos recursos da obra teria sido desviada, em 2006, para a campanha do ex-governador e hoje ministro da Casa Civil Jaques Wagner. O ministro nega.

De acordo com o Estadão, as mudanças no Rio começaram em 2015, com a transferência da diretoria para a Torre Senado, enquanto o prédio principal passa por reformas. Segundo a empresa, a transferência permitiu a rescisão de contratos de outros cinco imóveis. Em janeiro, foi rescindido acordo com o BTG relativos aos edifícios Torre Almirante e Castelo, os dois no centro.

Em Macaé, trabalhadores relatam a devolução de escritórios em três endereços (Santa Mônica, Petro Office e Família Lamego). A cidade foi uma das mais afetadas pelo corte de terceirizados. A mudança deve ser iniciada até maio, segundo funcionários da região.

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