Crítico do atual modelo das prefeituras-bairros, o vereador Gilmar Santiago (PT) defendeu, na manhã desta segunda-feira (15), que seja instituído eleição para subprefeitos. Na avaliação do petista, os pleitos podem trazer mais “democracia” e “transparência” para essas unidades.
“É uma forma de ‘empoderarmos’ as comunidades para que se organizem. E só pode participar [da eleição] quem tem domicílio eleitoral naquela região. Ou seja, não pode uma pessoa da Barra e Rio Vermelho votar alguém de Pau da Lima”, sugeriu o vereador, ressaltando que hoje as prefeituras-bairros da capital baiana são “comitês eleitorais”. “Só quem tem acesso são as lideranças do prefeito”, acrescentou.
O petista, porém, acha difícil essa proposta sair do papel no governo do prefeito ACM Neto. “Acho impossível porque é um governo que vem de origem autoritária, centralizadora, e ao mesmo tempo, usurpadora da máquina pública. Seria impossível impedir mais democracia a quem sempre agiu ao inverso. Mas eu acredito que essa proposta só sairá se a oposição governar a cidade”, frisou Gilmar Santiago, que é pré-candidato à prefeitura de Salvador.
Proposta
Em janeiro deste ano, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, enviou à Câmara Municipal paulista um projeto que prevê que os futuros subprefeitos daquela capital sejam eleitos de maneira direta pela população, terão mandato de quatro anos e obrigatoriamente deverão ser filiados a partidos políticos.
Para o petista, a medida daria autonomia para as 32 subprefeituras, responsáveis por ações locais de zeladoria (limpeza de praça, poda de árvore, tapa buraco), pequenas obras e até mesmo a fiscalização de estabelecimentos comerciais.
Pela proposta enviada aos vereadores e com legalidade que divide especialistas, os subprefeitos montariam a própria equipe de cargos comissionados e a plataforma de governo (embora dependentes do Orçamento municipal), com a "legitimidade" dos votos de moradores de cada região, segundo Haddad.
Na capital baiana
