Política

Ex-amante de FHC revela que foi exilada e aconselhada a não voltar por ACM e LEM

Publicado em 18/02/2016, às 09h01   Redação Bocão News (@bocaonews)



Em nova entrevista à imprensa, dessa vez à Folha de S. Paulo, a jornalista Mirian Dutra Schmidt, ex-amante do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fez novas revelações. Mirian contou que teve um filho com o tucano, após dois abortos, e que o ex-dirigente pagou despesas no exterior ao mesmo tempo em que governava o país. Segundo o diário paulista, FHC admitiu manter contas no exterior e ter mandado dinheiro para Tomás, mas nega ter usado empresa para bancar a jornalista.

Segundo Mirian, o relacionamento extraconjugal acabou quando ele descobriu a gravidez. “Eu estava grávida de quase três meses. Eu não estava aguentando mais essa história toda de ser amante, de ser a outra. Aí eu fiquei quieta, esperei ele voltar [de viagem] e, quando voltou, foi jantar na minha casa. Quando disse que estava grávida, ele disse "você pode ter este filho de quem você quiser, menos meu". Eu falei: ‘não acredito que estou escutando isso de uma pessoa que está há seis anos comigo’”, afirmou a jornalista, que também apontou a disposição de FHC em pagar pelo aborto do filho. “Ele pagou. Pagou por dois abortos. Eu não queria ter outro filho, eu tinha minha filha estava muito feliz. Nunca pude tomar pílula, colocar DIU [método intrauterino], porque tenho um problema de rejeição absoluta a hormônio que venha de fora. Ele sabia disso. Aí que, pela primeira vez, em seis anos, ele deixa de falar comigo. Porque sentiu que a decisão era firme. Aí eu disse que não tinha que contar para ninguém quem era o pai, que era livre e desimpedida. Ele foi umas duas ou três vezes na minha casa. Quinze dias depois do nascimento, ele foi me visitar. Minha mãe estava lá [em casa]  quando ele foi conhecer o filho. Só que eu tinha decidido que eu iria embora [do Brasil]. Aí antecipei todos os meus planos e meio que fugi mesmo. Lembro que, quando do impeachment do Collor, vi esse homem [FHC] lambendo as botas do Itamar [Franco], que ele criticava a vida inteira. Fui buscar trabalho em Portugal. Recebi ajuda do [ex­senador] Jorge Bornhausen, que era meu amigo de Santa Catarina”, relatou.

Durante a entrevista, Mirian revelou que tentou voltar ao Brasil, mas foi aconselhada pelo baiano Antônio Carlos Magalhães (ACM) e pelo filho Luís Eduardo Magalhães (LEM). “Quando vim para Barcelona, que é quando eu digo que fui exilada, porque eu queria voltar para o Brasil e não permitiram que eu voltasse”, disse. “[O então senador] Antônio Carlos Magalhães pediu para que eu não voltasse para o Brasil, o Luís Eduardo Magalhães [filho de ACM]. Diziam para ficar longe. Diziam "deixa a gente resolver essas coisas aqui". Aí eu pensei e achei que, para os meus filhos, era melhor eu ficar [no exterior], pois eles seriam muito perseguidos no Brasil. Eu tinha que ter metido a boca no trombone no começo. Eles não aceitaram porque estavam em plena história da reeleição”, contou.

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