Política

Marcelo Odebrecht pede para falar sobre Operação Acarajé

Publicado em 24/02/2016, às 15h38   Redação Bocão News



O empreiteiro Marcelo Odebrecht, preso na Lava Jato desde a metade do ano passado, disse nessa terça-feira(23), em depoimento prestado à Polícia Federal, que deseja colaborar com as investigações envolvendo o marqueteiro João Santana, que trabalhou para a campanha da presidente Dilma Rousseff e foi detido ontem na Operação Acarajé.
"O declarante não deseja ficar em silêncio, mas não está preparado para responder neste momento em face de estar atuando em sua defesa, a qual se encontra na fase de alegações finais a vencer próxima segunda-feira, dia 29 de fevereiro. Que deseja colaborar e prestar novas declarações a partir da semana que vem", afirmou Marcelo.
A PF fez, ao todo, 17 perguntas para o controlador da Odebrecht -- que preferiu ficar em silêncio neste momento. Os investigadores queriam saber se o empreiteiro sabia a quem se refere o termo "Feira", cuja suspeita é que seja João Santana, e qual o significado da anotação "Prédio (IL)", apontada como uma possível referência ao Instituto Lula.
Pessoas que tiveram contato com Marcelo ontem disseram que ele está "irritadíssimo", porque não teve acesso aos inquéritos que balizaram a Operação Acarajé. Além disso, o empresário ficou contrariado porque agora terá de dividir o seu tempo entre se defender na nova etapa da Lava Jato e terminar até a próxima segunda-feira as suas alegações finais na ação penal em que é acusado de ter participado de um esquema de lavagem de dinheiro e corrupção na Petrobras.
A defesa do empreiteiro solicitou ao juiz federal Sergio Moro, responsável por conduzir os processos da Lava Jato na primeira instância em Curitiba, que Marcelo retorne ao Complexo Médico Penal em Pinhais, no Paraná, onde estava detido antes de ser transferido ontem para a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. Além disso, os advogados solicitam que o prazo para a apresentação das alegações finais seja prorrogado de acordo com os dias em que o empresário esteve na PF.

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