Política

Neto vai a Brasília para mexer no tabuleiro político

Publicado em 24/02/2016, às 17h01   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)



O prefeito de Salvador, ACM Neto, esteve em Brasília nesta semana para “tomar pé” dos rumos do DEM no plano nacional, além de negociar com os caciques dos partidos aliados à sua administração os caminhos a serem adotados nos próximos meses. 
Mal saiu da capital baiana e já renasceram especulações em torno de uma nova movimentação do prefeito no sentido de ingressar no PDT. A conversa já é antiga e outra vez foi negada pelos mais próximo a ACM Neto.
Contudo, o PDT fez parte da agenda do demista em Brasília. Por lá, afirmam fontes deste site, o prefeito deixou amarrada a manutenção da parceria estabelecida com o deputado federal Félix Mendonça, presidente do PDT na Bahia. 
Assunto corrente nos bastidores do Thomé de Souza também a mudança do secretariado de Neto. A “dança das cadeiras” será necessária devido às candidaturas a vereador em outubro e aqueles que disputam a indicação à chapa majoritária na condição de vice.
Três membros do primeiro escalação sairão: Bruno Reis (PMDB), atual titular da Promoção Social; Tiago Correia (PSDB) da Limpurb e Heber Santana (PSC), das Relações Institucionais. Luiz Carreira (PV) da Casa Civil pode sair também, mas ainda não confirma.
Para um destes cargos está cotada a vinda de um deputado federal. Os primeiros burburinhos davam conta de que Elmar Nascimento (DEM) seria o escolhido. No entanto, a chegada de Elmar foi cogitada antes da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados escolher o novo líder na Casa.
A manobra seria feita em dois movimentos. A saída de Elmar abriria espaço para o primeiro suplente Luiz Argolo (SD), preso em abril de 2015 por corrupção na Operação Lava Jato. Entretanto, há um entendimento de que Argolo não poderia assumir.
O segundo suplente é Pastor Luciano (DEM). Ele abriria mão de assumir para abrir espaço para o terceiro suplente. Colbert Martins (PMDB) seria mais um opositor ao Governo Federal que  trabalharia contra o deputado federal Leonardo Picciani – que acabou sendo eleito líder do PMDB na Casa.
Transcorridos os dias a estratégia mudou. Neto estaria, segundo pessoas próximas ao prefeito, tentando convencer Pastor Irmão Lázaro (PSC), terceiro deputado federal mais votado na Bahia, a assumir um assento na gestão municipal.
Mas nesta conjectura, Pastor Luciano assumiria a cadeira. O problema agora é convencer Irmão Lázaro que tem trabalhado para ser candidato à prefeitura de Feira de Santana. Se Neto conseguir atraí-lo deixará a vida de José Ronaldo, atual prefeito e candidato à reeleição na Princesa do Sertão, um pouco menos difícil.
Em tempo: o nome de Paulo Azi também foi ventilado nos últimos dias. O próprio deputado afirma que tem se encontrado com Neto “quase todas as semanas” e que esta conversa ou sugestão nunca foi dita ou tratada. 

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