Política

Tânia Scofield afirma que PDDU irá ampliar área verde de Salvador

Publicado em 25/02/2016, às 19h15   Rodrigo Daniel Silva (@rodansilva)



A presidente da Fundação Mário Leal Ferreira, Tânia Scolfield, negou, nesta quinta-feira (25), que a proposta do novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), que tramita hoje na Câmara, irá reduzir área de proteção e recuperação ambiental  em Salvador, como apontou a professora e urbanista Glória Cecília Figueiredo em parecer.

“Muito pelo contrário. Nós aumentamos a área verde, SAVAM [Sistema de Áreas de Valor Ambielta e Cultural]. Tenho toda a documentação que prova isso. Foi um erro de observação, de análise, tanto da promotora Hortência Pinho [que também apontou a redução] quanto da professora. Fizeram uma avaliação completamente equivocada”, assegurou Tânia Scolfield, que é umas das responsáveis pela elaboração do plano.

O secretário municipal de Urbanismo, Sílvio Pinheiro, também negou que haverá uma diminuição de área de preservação. “Não existe isso. É uma bobagem que estão falando. Não haverá redução nenhuma. As pessoas têm que estudar antes de ficar falando bobagem”, disse o gestor da pasta.

De acordo com a professora Glória Cecília, pela nova proposta do plano, a capital baiana perderá cerca de três mil hectares de área de preservação, o equivalente, segundo ela, a três mil campos de futebol. “Essa redução de área antes classificadas como macrozona de proteção ambiental é muito grave. De fato, trata-se da disponibilização de espaços sensíveis ambientalmente para urbanização mais permissiva. Há com isso um risco de maior degradação ambiental, já que os espaços de urbanização intensiva pressionavam a urbanização das áreas contíguas ou nos quais exercem influência direta”, ressaltou.

A ex-secretária de Urbanismo e responsável pela PDDU de 2008, Katia Carmelo, defendeu cautela na discussão sobre a redução deste espaço de proteção. “A rigor, a gente não poderia reduzir porque já está abaixo do que os índices mundiais determinam. Temos que ampliar. Mas, como não temos como ampliar, essa área tem que ser muita bem cuida”, disse.

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