Política

Exagerado, avalia Cunha sobre pedido de prisão de Lula

Publicado em 11/03/2016, às 14h14   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), avaliou o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como "exagerado", nesta sexta-feira (11).
Cunha, no entanto, ponderou que não leu o teor da denúncia do Ministério Público de São Paulo na íntegra.
O MP-SP pediu a prisão preventiva de Lula pela acusação de esconder que é dono de um triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo. O ex-presidente nega que seja proprietário do imóvel.
A juíza Maria Priscila Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal de São Paulo, decidirá se decreta ou não a prisão de Lula e se torna réus outros 16 acusados pelo MP na ação. A juíza não tem prazo para tomar essa decisão.
"Eu acho o seguinte: tudo aquilo que é exagerado, nunca é bom. Tudo tem o seu ritmo, o seu caminho e dentro sempre se deve respeitar a legalidade. Mas ressalto, eu não li, não tenho base para poder comentar, mas aparentemente me pareceu exagerado", disse Cunha.
Em nota, o Instituto Lula afirma que o pedido de prisão é uma "prova da parcialidade" do promotor do caso. Mais cedo, o instituto afirmou que a denúncia não tem base na realidade.
Fundamentos da prisão
Segundo os promotores, Lula precisa ser preso preventivamente porque, solto, é uma ameaça à ordem pública. Eles dizem que o ex-presidente tentou se valer de sua influência para frear as investigações e inflamar a população contra as investigações do MP e as decisões da Justiça. Além disso, que há risco de "evasão extremamente simples", pelo "poder" de ex-presidente que possui.
Afirmam ainda que Lula e seus apoiadores fazem "manobras violentas, com defesa pública e apoio até mesmo da Presidente da República, medidas que somente tem por objetivo blindar o denunciado – erigindo-o a patamar de cidadão 'acima da lei', algo inaceitável no Estado Democrático de Direito brasileiro, pois é inadmissível permitir-se o tumulto do estado normal de trâmite das investigações e do vindouro processo crime".

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