Política

Kátia Abreu nega possibilidade do PMDB se afastar do governo

Publicado em 12/03/2016, às 09h01   Agência Brasil



"Só um capitão covarde abandona um navio na hora da tempestade e o PMDB não é um capitão covarde". A declaração é da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, para negar a possibilidade do partido se afastar do governo.
De acordo com a ministra, o PMDB não é sócio de ocasião do governo. "Nós somos parceiros deste governo com a vice-presidência da República, com importantes ministérios do Brasil, há cinco anos, então, nós não poderemos abandonar o Brasil à crise. O PMDB tem responsabilidade com o país e com os brasileiros. Nós somos parceiros e não é só no tempo da bonança. Nós precisamos estar principalmente juntos nas horas das dificuldades. Só um capitão covarde abandona um navio na hora da tempestade e o PMDB não é um capitão covarde", disse.
Segundo Kátia Abreu, a convenção nacional que o PMDB fará, neste sábado (12), se dará conforme o estatuto, que indica a eleição do presidente do partido e de todos os demais cargos da Executiva. Para a senadora, o estatudo é claro, objetivo e pragmático e, dessa forma, ela não acredita em uma discussão sobre qualquer posição de afastamento.
"Não há o que fazer em temos de decisão formal no sábado. Se quiserem tratar deste assunto, uma extraordinária deve ser convocada, no futuro, para tratar de qualquer tema. Mas, no sábado, em que pese  cada parlamentar, cada membro do partido está livre democraticamente para se manifestar na tribuna sobre qualquer assunto que queira, mas em termos de decisão, a decisão é apenas eleger o presidente do partido", ressaltou.
A ministra comentou que considerou um exagero o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo Ministério Público do Estado de São Paulo. Ela afirmou que  que concorda com formadores de opinião que acham desnecessária a prisão, porque Lula mora no Brasil e tem endereço certo.
"O que está acontecendo com ele hoje poderá ser um nós amanhã. O Estado de Direito precisa ser preservado. Os exageros e os espetáculos não ajudam a Justiça brasileira que, assim como em qualquer parte do mundo, tem que ter um comportamento e uma aparência de respeitabilidade, de confiança absoluta do cidadão, para que possa atender, não apenas a ódios, raivas, ressentimentos, e sim, ser legítima com qualquer pessoa. Mas a Justiça brasileira tem que ser imparcial e agir de acordo com a regra, com a lei, sem espetáculos", completou.
Publicada originalmente às 17h do dia 11 de março

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