Rui Costa minimiza a saída do PRB da base de Dilma: não tem problema

A divulgação da conversa entre a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva, teve reflexos no Congresso Nacional, com a saída do PRB da base governista.

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O que pode ser visto como problema para uns, foi minimizado pelo governador da Bahia, Rui Costa. "Não tem problema. O problema não é quantidade. O que adianta ter uma base com 300 e só ter votos de 200? É melhor ter um núcleo fiel do que uma quantidade que não representa votos", disse Rui após formaturas de soldados da PM, no Bonfim.

O desembarque do PRB da base de Dilma acontece no mesmo dia em que ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, investigado da Operação Lava Jato, foi anunciado ministro-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff. O PRB caminhava com o governo petista há dez anos.

ESTADO ISLÂMICO - Sobre o conteúdo divulgado pelo juiz Sérgio Moro, que revela conversas do petista com a presidente Dilma Rousseff, Rui Costa não quis comentar. “Eu não vou comentar conteúdo obtido ilegalmente. Espero que as pessoas sejam discretas e não usem crachá de partido político”, acusou

Ele comparou a atuação da força-tarefa da Operação Lava Jato ao Estado Islâmico. “Isso é um estado policial, ilegal. O Estado tem que ser cumpridor da lei em qualquer país. O Estado Islâmico hoje decapita a cabeça das pessoas e diz que faz justiça. Eles estão convencidos de que estão fazendo justiça decapitando a cabeça das pessoas. Do mesmo jeito que grampeia hoje, amanhã manda matar sem saber quem foi que matou”, disse.

Rui Costa acusou Moro de não ter autorização para gravar presidente e ministro. “Em vez de encaminhar o conteúdo ao Supremo Tribunal Federal, ele mandou para a Globo. “Não podemos compactuar com isso. Isso é o primeiro passo para o abismo. Não quero revolta social com consequências imprevisíveis. Peço serenidade e responsabilidade das autoridades jurídicas do nosso país”, declarou.