Política

Neto vê com “preocupação” tentativa do governo de “manipular” trabalho da PF

Publicado em 22/03/2016, às 07h29   Rodrigo Daniel Silva (@rodansilva)


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O prefeito ACM Neto (DEM) disse, na manhã desta segunda-feira (21), que é preocupante a tentativa do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) de “controlar” e “manipular” as investigações da Polícia Federal na Operação Lava Jato.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o ministro da Justiça, Eugênio Aragão, afirmou que se houver “cheiro de vazamento” nas investigações ele irá trocar toda a equipe. Essa declaração foi vista como ameaça aos agentes da PF. “Vejo com preocupação a tentativa do governo de controlar ou, quem sabe, manipular o trabalho da Polícia Federal. Evidente, que a gente tem que acompanhar e fiscalizar. A sociedade precisa ficar atenta para que as conquistas já alcançadas com as investigações da Operação Lava Jato não sejam comprometidas com a tentativa do governo de manipular as investigações”, afirmou o prefeito, em entrevista ao Bocão News, durante a eleição do desembargador Mário Alberto Hirs para presidência do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA).
O prefeito voltou a falar sobre a decisão do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo Lava Jato na primeira instância, de divulgar os grampos telefônicos entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. “Decisão judicial tem que ser respeitada. Pode ser questionada apenas no âmbito da própria Justiça [...] Estamos, felizmente, muito distante disso”, pontuou.
Impeachment 
Ainda na entrevista, ACM Neto falou sobre a possibilidade do presidente da Câmara, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), assumir a presidência da República com a queda da presidente Dilma e o vice Michel Temer (PMDB). “Não acho que seja uma possibilidade iminente. [Mas] Considero que Cunha não tem hoje condições para ser presidente da República”, ressaltou.  
Se o processo de impedimento da presidente acontecer na primeira metade do mandato, o presidente da Câmara, no caso o deputado Eduardo Cunha, assume interinamente e uma nova eleição é marcada em até 90 dias. Caso a cassação ocorra na metade final do mandato, o presidente da Câmara assume e é realizada uma eleição indireta para a escolha do sucessor. Na eleição indireta, votam apenas senadores e deputados federais.

Publicada no dia 21 de março de 2016, às 14h

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