Política
Publicado em 29/03/2016, às 17h59 Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)
O ex-secretário estadual da Comunicação da Bahia, Robinson Almeida, escreveu um depoimento a respeito do pedido de desfiliação do senador Walter Pinheiro do PT. Os dois têm história juntos e participavam da tendência interna do partido “Democracia Socialista”.
Assim como a maioria dos petistas, Robinson não se surpreendeu com a decisão de Pinheiro. Foram duas postagens na página pessoal, a segunda com atualizações.
Confira as notas
O senador Pinheiro se desfiliou do PT. Não me causa surpresa, mas não deixa de chocar-me a forma e o momento.
A ausência completa de esclarecimentos aos seus eleitores e apoiadores, reproduz a prática conservadora que o mandatário não deve explicações a quem o elegeu.
Seus eleitores gostariam de saber as motivações. De ordem programática? O senador defende outro programa diferente do liderado por Lula e Wagner, que o levou á Brasília em 2010? Quais são suas ideias para o Brasil e a Bahia diante dessa crise?
Ou seriam as críticas à conduta ética do PT?
Como os seus eleitores não têm respostas, fica a dolorida sensação de um ato oportunista.
Quando o nosso projeto sofre o pior ataque de uma elite golpista, em meio a um ilegal processo de impeachment, que quer retirar do cargo a presidenta eleita por 54 milhões de votos, o senador Pinheiro resolve abandonar o barco.
A vida é feita de riscos, nos ensinou desde cedo Damário DaCruz, falecido poeta e amigo em comum. Sinto-me com vergonha alheia. Como se um irmão de luta cometesse uma falta grave diante dos nossos ideais de militância em favor dos pobres do nosso país.
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O senador Pinheiro se desfiliou do PT. Não me causa surpresa, mas não deixa de chocar-me a forma e o momento.
A ausência completa de esclarecimentos aos seus eleitores e apoiadores, reproduz a prática conservadora que o mandatário não deve explicações a quem o elegeu.
Seus eleitores gostariam de saber as motivações. De ordem programática? O senador defende outro programa diferente do liderado por Lula e Wagner, que o levou á Brasília em 2010? Quais são suas ideias para o Brasil e a Bahia diante dessa crise?
Ou seriam as críticas à conduta ética do PT?
Como os seus eleitores não têm respostas, fica a dolorida sensação de um ato oportunista.
Quando o nosso projeto sofre o pior ataque de uma elite golpista, em meio a um ilegal processo de impeachment, que quer retirar do cargo a presidenta eleita por 54 milhões de votos, o senador Pinheiro abandona o barco.
Sinto-me com vergonha alheia. Como se um irmão de luta cometesse uma falta grave diante dos nossos ideais de militância de toda vida. Não é ser filiado ou não ao PT. É a maneira, sem debate. É o momento inoportuno do ato para o PT e a para a esquerda.
Após desse encerramento unilateral da relação política do senador Pinheiro com o PT e seus companheiros, só nos resta desejar-lhe boa sorte.
Vamos fazer o bom combate: derrotar o golpe e retomar o programa de governo que mais conquistas produziu em nosso Brasil.
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