Política

Pinheiro pede desfiliação do PT e PSD pode ser o destino

Publicado em 29/03/2016, às 16h11   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)


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O pedido de desfiliação do senador Walter Pinheiro do PT foi feito no mesmo momento em que o PMDB anunciou a saída da base da presidente Dilma Rousseff (PT). Não, Pinheiro não tem dialogado com o PMDB para desembarcar no partido do presidente do Senador Renan Calheiros, mas já vinha, assim como os peemedebistas, traçando o caminho para sair da sigla que o elegeu senador.

Na última semana, Pinheiro fez um duro discurso contra o governo Dilma. Afirmou que o outro lado da rua (Palácio do Planalto) era como uma “capa de chuva”, onde a água e ideia batem e escorrem sem causar qualquer impacto. Neste sentido, somado ao mal-estar acumulado durante os últimos anos, Pinheiro deixa a sigla.

Nesta terça-feira (29) Pinheiro entregou o pedido de desfiliação no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia e no diretório municipal do PT de Salvador. O entendimento jurídico é de que o cargo de senador é majoritário e, portanto, pertence ao eleito. Sendo assim, Pinheiro não corre nenhum risco de perder o mandato.

Os próximos passos do senador que teve mais de 3,6 milhões de votos em 2010 devem ser o PDT ou PSD. Nos últimos dois meses, Pinheiro esteve na governadoria com Rui Costa discutindo o rumo que iria tomar. Conversou com prepostos do governo Dilma e com o colega de Senado, Otto Alencar (PSD).

Outra decisão que não ficou clara ainda é a postura de Pinheiro a partir de agora em relação ao governo Dilma. Em discursos recentes o senador deixou claro que não tem compromisso com o Palácio. Nos corredores do Congresso Nacional a cotação é de que Pinheiro votará a favor do impeachment. Pessoas próximas a ele afirmam que esta decisão ainda não está tomada.

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