Política

Wagner diz que rompimento do PMDB dá oportunidade de Dilma repactuar o governo

Publicado em 29/03/2016, às 20h44   Tamirys Machado (Twiter: @tamirysmachado7)



Em entrevista coletiva após o anúncio oficial do rompimento do PMDB com a base do governo federal, o ministro chefe de gabinete da presidência da República, Jaques Wagner disse, nesta terça-feira (29), que a atitude do partido dá a oportunidade para Dilma reorganizar o governo. 
 "O governo recebe com naturalidade a decisão interna do PMDB, agradece todo esse tempo de colaboração que tivemos ao longo desses cinco anos no governo da presidente Dilma, e creio que a decisão chega numa boa hora, porque oferece à presidente Dilma ótima oportunidade de repactuar seu governo", disse. 
Para o ex-ministro da Casa Civil, seria o momento de “falar em um novo governo, porque sai um parceiro importante, mas abre espaço político para repactuação do governo. Isso já aconteceu em outros governos, inclusive comigo na Bahia, e a politica é assim”, pontuou. 
Se na coletiva ele falou em reorganização do governo, nas redes sociais, Wagner utilizou um discurso mais forte, no que tange ao pedido impeachment da presidente Dilma Rousseff. O chefe de gabinete classificou como uma “violação da Constituição” o processo de impedimento da forma que está sendo feito. “Um dos mitos que circulam por aí a respeito do impeachment diz que o processo é mais político do que jurídico. No presidencialismo, um Chefe de Governo só poder ser destituído em caso de crime de responsabilidade. Isso significa que é preciso primeiro a ocorrência do fato jurídico para, depois, ser feita a apreciação política do impeachment”. 
Conforme o ex-governador da Bahia, hoje um dos homens chave na articulação política da presidente da República, o processo de impeachment, “impede que a soberana vontade popular expressa nas urnas seja desrespeitada”. Ele defendeu ainda que “as pedaladas fiscais são práticas contábeis largamente utilizadas no Brasil e chanceladas pelos Tribunais de Contas. O que está acontecendo hoje é que a análise da conveniência política do impeachment está sendo feita antes da configuração do fato jurídico. Isso é violação da Constituição, é golpe, e o Brasil não vai aceitar”, cravou, no Twitter. 

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