Após ser acusado de nova manobra para tentar escapar do julgamento do processo de cassação que tramita no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), determinou que fosse revisto o texto que modifica a composição das comissões da Casa. Conforme o portal da Câmara dos Deputados, o Projeto de Resolução (PRC) 133/16, da Mesa Diretora, que redefine a composição das comissões da Câmara dos Deputados, será alterado para deixar claro que não há possibilidade de troca dos atuais integrantes do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e da Comissão Especial do Impeachment.
Cunha enviou um projeto, assinado pelo mesmo, nesta quarta-feira (30) propondo que todas as comissões da Câmara tenha nova composição obedecendo a proporcionalidade das bancadas partidárias. Isso porque os parlamentares mudaram de partido, devido ao prazo da janela partidária. Na proposta inicial a mudança incluía o Conselho de Ética e com as mudanças três deputados deixariam o colegiado, são eles: José Carlos Araújo (PR-BA), Fausto Pinato (PP-SP) e Marcos Rogério (DEM-RO), relator do caso. Todos são contra o presidente da Câmara. O PT também perderia uma vaga, enquanto o PMDB ganharia outra.
Em coletiva, o presidente do Conselho, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), afirmou que o objetivo do texto era "liquidar o Conselho" e atrapalhar os trabalhos em curso, o que representaria "uma tentativa de golpe". Araújo criticou especialmente o presidente da Câmara.
Já Cunha se defendeu dizendo que Araújo tenta se promover: “o presidente do Conselho de Ética todo dia quer abrir a geladeira para acender a luz”, disse.